sábado, 13 de abril de 2013


100 Dias e muito pouco a comemorar

Os 100 primeiros dias da gestão do prefeito Roberto Cláudio (PSB) estão sendo caracterizados por atitudes intempestivas, com resultados prejudiciais principalmente para os serviços públicos. O discurso de campanha, que pregava agilidade e renovação, até agora só se mostrou concreto quanto o assunto é demitir terceirizados, exonerar servidores e atender às demandas do Governo do Estado, como foi o caso das concessões de licença ambiental para o Aquário.
 Até agora, foram mais de 5 mil demissões, além das exonerações. Trabalhadores da educação também tiveram salários bloqueados sem justificativa. Serviços básicos em saúde, educação, transporte e assistência social estão comprometidos pela falta de pessoal, pois grande parte dos demitidos e exonerados não foi substituída. O reajuste dos servidores, oferecido pelo governo, não contempla um centavo de ganho real.

Como membro da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara, tenho feito visitas aos postos de saúde e hospitais para verificar a situação do atendimento. A constatação é de que, em 100 dias do governo do PSB, a situação só piorou. Nos postos, as farmácias estão desabastecidas de medicamentos, e o funcionamento à noite e aos sábados, conquista na gestão da ex-prefeita Luizianne Lins, foi extinto por causa do não pagamento de adicionais aos médicos. No Hospital da Mulher, os serviços estão subutilizados.

Em outras áreas, a inércia e falta de preparo também são notórias. A reforma administrativa aprovada pela Câmara logo nos primeiros dias de governo só concentrou mais poder nas mãos do prefeito e ampliou o número de comissionados. Na educação, desobedecendo à lei, a Secretaria de Educação reduziu o ano letivo. Por fim, destaco a questão da segurança. Apesar de não ser responsabilidade do Município, o prefeito contribui para a epidemia de violência da Capital ao retirar policiais das ruas para fazer sua segurança e de autoridades que ele indicar.

Bom, poderia citar muito mais. Sei que 100 dias é pouco para quem vai governar quatro anos. Porém, pelo andar da carruagem, as perspectivas são preocupantes.
FONTE: JORNAL O POVO
Ronivaldo Maia
ronivaldo@ronivaldomaia.org.br 

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