domingo, 22 de dezembro de 2013

REDE SOCIAL - FACEBOOK REGISTRA MENSAGENS NÃO ENVIADAS

Pesquisa divulgada pela própria rede social mostra que até mensagens e comentários digitados no Facebook  mas apagados pelo autor antes de serem publicados são registrados.




ENTENDA A NOTÍCIA
Maior rede social do mundo, o Facebook dispõe de dados sobre mais de um bilhão de usuários, que incluem gostos, preferências, locais frequentados, redes de relacionamentos e sentimentos.
Não é preciso apertar Enter para um texto digitado no Facebook ser lido por alguém: a rede social registra postagens e comentários cujo autor desistiu de enviá-los, mostra estudo divulgado pelo Facebook.


Adam Kramer, cientista de dados do Facebook, junto com o pesquisador Sauvik Das, da Universidade Carnegie Mellon (EUA), analisaram mensagens que eles chamam de autocensuradas de 3,9 milhões de usuários da rede durante 17 dias na metade do ano passado, a fim de descobrir quem costuma digitar e não enviar, e em que momentos isso acontece. Mensagens com mais de cinco letras e retidas por pelo menos dez minutos são as tidas como autocensuradas pelos autores.
Sexos
Entre as conclusões do estudo, consta que homens se autocensuram ao fazer uma postagem na rede mais do que as mulheres, mas mulheres desistem mais de comentários do que fazem os homens.
Além disso, mensagens são mais comumente autocensuradas do que comentários; usuários com uma rede de contatos mais heterogênea nos quesitos idade e orientação política se censuram menos.
Entre as “não atividades”, o só texto autocensurado não é a única registrada pela rede. O Facebook já divulgou que todos os pedidos de amizade, mesmo que recusados, ficam catalogados. O registro de tudo o que acontece tem como objetivo de impedir que as pessoas desistam das interações, e efetivamente pressionem Enter.
Durante o período estudado, 71% dos usuários hesitaram ao postar ou comentar. Durante o período monitorado, cada um deles desistiu de aproximadamente 5 postagens e de 3 comentários.
“Decidir não postar um comentário politicamente carregado ou imagens de determinadas atividades recreativas podem poupar uma boa quantia de capital social”, escreveram os pesquisadores, no documento que foi inicialmente publicado pela Associação pelo Avanço da Inteligência Artificial, na sigla em inglês (AAAI).
A pesquisa foi realizada durante o verão do hemisfério norte do ano passado, que aconteceu entre junho e setembro, mas as datas exatas de início e término do período de 17 dias não foram divulgadas.

Fonte: Jornal O Povo

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