segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

GREVE NA CAPITAL: Trabalhadores de vans param a partir de quarta


Sindicato garante percentual mínimo de 30% da frota em circulação, caso não haja negociação até a data

Os motoristas, cobradores e fiscais do transporte alternativo de Fortaleza decretaram, por unanimidade, a greve da categoria a partir das 0h da próxima quarta-feira. A paralisação foi decidida ontem por cerca de 70 trabalhadores em assembleia do Sindicato dos Empregados em Transporte Alternativo de Fortaleza (Sintraafor), no auditório da Federação dos Trabalhadores Empregados e Empregadas no Comércio e Serviços do Estado do Ceará (Fetrace), no Centro.  

Paralisação foi decidida ontem por cerca de 70 trabalhadores em assembleia do Sindicato dos Empregados em Transporte Alternativo de Fortaleza. O sindicato patronal crê em acordo e já solicitou uma nova audiência FOTO: BEATRIZ BLEY 
Caso não haja negociação até a data estipulada com o Sindicato dos Permissionários Autônomos de Veículos em Transportes Públicos Alternativos de Passageiros de Fortaleza e Região (Sindvans), o presidente do Sintraafor, Valdênio Aguiar, garantiu que será respeitado o percentual de 30% da frota de 320 veículos rodando na Capital.

A categoria optou por apresentar uma contraproposta de reajuste salarial de 30%, ante os 9% apresentados pelo SindVans e rejeitado em assembleia passada. "As negociações estão abertas por parte do sindicato patronal. Estávamos esperando uma nova proposta", explicou o diretor do Sindvans, Samuel Freire de Brito. A postura, entretanto, é rebatida por Valdênio Aguiar. "Já enviamos dois ofícios para o Sindvans indicando que estamos abertos a negociação".

Impasse
Além do ajuste salarial, os dois sindicatos não entraram em acordo sobre a data-base, que seria acertada em julho e não mais em novembro; a responsabilidade - se da empresa ou do trabalhador - de complementar o valor pago ao INSS do funcionário afastado; a liberação das funções na empresa dos dirigentes do Sintraafor e o vale-alimentação. Outras 40 cláusulas já foram debatidas e acertadas, entre elas, a disponibilidade de água potável e banheiros masculino e feminino no final de cada linha a partir de janeiro, fardamento, jornada máxima de trabalho de 44 horas semanais, cesta básica em um cartão no valor de R$ 61, fundo de caixa de R$ 20 para o troco e o valor do auxílio-creche para homens e mulheres no valor de até R$ 50.

"Esses pontos são os principais, são as causas econômicas que movimentam a categoria", reivindicou Valdênio Aguiar. 

Um processo de interdito proibitório foi movido pela Cooperativa dos Transportadores Autônomos de Passageiros do Estado do Ceará (Cootraps) contra o Sintraafor para impedir que a categoria realizasse paralisações. Desde julho os trabalhadores já cruzaram os braços sete vezes. As paralisações, juntas, somaram um prejuízo de mais de R$ 600 mil.

CAMOCIM INFORMADOS

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