Por Igor Felippe, no blogEscrevinhador:
A polêmica em torno da compra pela Petrobras da refinaria de Pasadena (EUA) é mais uma ação dos setores conservadores para enfraquecer a força política da presidenta Dilma Rousseff, que demonstra a necessidade urgente de mudanças no sistema político no país.
Depois da denúncia da mídia sobre o prejuízo de US$ 1,2 bilhão, a Folha apresenta o depoimento de dois executivos da Petrobrás que desmentem Dilma e afirmam que todas as informações estavam disponíveis quando a então ministra apoiou a compra (veja abaixo).
Os setores conservadores, que estão fora (PSDB, mídia e banqueiros) e dentro do governo (especialmente, no PMDB), têm uma estratégia para as eleições: criar tensões na coalizão governista, forçar o PT a ceder cargos e abrir mão de candidaturas nos estados, brecar qualquer avanço programático, fazer de tudo para forçar o 2º turno e, mesmo se Dilma vencer, que seja por uma margem tão pequena que abale sua autoridade, deixando o governo fragilizado.
A proposta da oposição de instalar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Câmara dos Deputados para investigar a estatal coloca a faca no pescoço de Dilma. Se quiser impedir a criação da comissão, terá que negociar com Eduardo Cunha (PMDB), o líder da oposição dentro da base governista. Se mantiver o enfrentamento com Cunha, poderá ser obrigada a conviver com uma CPI em ano eleitoral.
Mudanças no sistema político são necessárias para tirar a política do campo das ameaças, da chantagem, do “toma lá dá cá” e dos acordos de salão. A maioria dos deputados e senadores que estão aí nunca vai admitir mudanças em um sistema que lhes beneficia.
Assim, a luz no fim do túnel é uma assembleia constituinte, que seja exclusiva e soberana para tratar do sistema político fazer as alterações necessárias para garantir que os partidos, de fato, representem programas e frações de classes sociais.
por Blog Justiceira de Esquerda
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