Desde o ano passado, o site do Senado permite que qualquer pessoa sugira projetos ao Congresso. Mas, para que comecem a tramitar, é preciso do apoio mínimo de 20 mil internautas - além de serem aceitos pelo senador que for relatar a matéria. Escolhido relator da sugestão, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), disse que o Congresso “não pode se negar” a discutir o tema, mesmo ciente da polêmica que ele provoca.
O senador vai realizar audiências na Comissão de Direitos Humanos, para onde foi encaminhada a sugestão popular, ouvindo os diversos segmentos da sociedade, como religiosos e a comunidade científica. “Não tenho simpatia pela regulamentação, mas não tenho preconceito contra. Não me recusarei a discutir esse tema, vou ouvir o máximo de pessoas sobre essa proposta”, afirmou o senador. O autor da sugestão é André Kiepper, analista de gestão em saúde da Fundação Oswaldo Cruz.
Ele disse que encaminhou a ideia ao Senado por estar convencido de que a regulação da maconha é necessária tanto para o uso medicinal como para a redução da criminalidade. “A lei de regulação da maconha é um ato de compaixão”, afirmou. “Já sabemos que a maconha alivia o sofrimento de muita gente. Gente que está em tratamento de quimioterapia, que sofre de convulsão”.
Kiepper disse esperar que a comissão discuta o tema com amplitude e “calma”, a exemplo do que ocorreu no Uruguai, que legalizou o consumo no ano passado.
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