sábado, 22 de fevereiro de 2014

VEJA DESCOBRE QUE BRASIL NÃO ACABOU E PEDE: SORRIA!

Há bons empregos à frente, diz a publicação; capa desta semana pode representar um momento de inflexão de uma empresa mergulhada em profunda crise econômica; comandada por Fábio Barbosa, editora colocou à venda Abril Educação para tentar salvar a área de revistas; recentemente, Barbosa também esteve em Brasília, pediu socorro oficial e não foi atendido; migração da publicidade para plataformas digitais atinge duramente a Abril, que estuda fechar revistas e concentrar seus esforços apenas nas marcas mais importantes, como Veja e Exame; o Brasil vai bem, a Abril vai mal

22 DE FEVEREIRO DE 2014
247 - A capa deste fim de semana da revista Veja surpreende um leitor acostumado a receber da publicação, quase sempre, uma imagem negativa do País. Veja pede ao leitor que sorria. E mais: afirma que existem bons empregos à frente. Num país em pleno emprego, que fechou janeiro com a menor taxa de desocupação da história, com apenas 4,8% das pessoas em idade ativa fora do mercado do trabalho, Veja se curva ao óbvio: o Brasil vai bem, obrigado.
O que não significa, porém, que a Editora Abril, que edita Veja, esteja em boa saúde. Ao contrário. Mergulhada em profunda crise financeira, a empresa da família Civita colocou à venda sua "galinha dos ovos de ouro", a Abril Educação, que reúne sistemas de ensino e escolas de inglês como o Red Balloon e a Wise Up - esta última, comprada por valores exorbitantes, é uma das causas da crise. Com esses recursos, a Abril pretende socorrer suas divisão de revistas, que sofre com a migração da publicidade de meios impressos para publicações digitais.
Com a capa desta semana, Veja transmite uma mensagem ao poder. Talvez, uma bandeira branca, ao reconhecer que a situação econômica do País não é desastrosa como foi pintado em capas recentes da revista - quem não se lembra, por exemplo, da célebre "Dilma pisou no tomate"?
O esforço de diplomacia é uma das estratégias de Fábio Barbosa, executivo que comanda a gestão da empresa. Recentemente, ele foi a Brasília e pediu ajuda de bancos oficiais para uma operação que ajudaria a recuperar a saúde financeira da companhia. A resposta foi negativa. Ao que tudo indica, a Abril terá que se virar com as próprias pernas.

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CAMOCIM INFORMADOS

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