Em entrevista às rádios Pioneira AM e Verdes Campos FM, em Teresina (PI), a presidenta Dilma Rousseff afirmou, nesta terça-feira (18), que a operação de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) às empresas brasileiras que vão atuar no Porto de Mariel, em Cuba, exportando bens e serviços, não concorre com o investimento previsto para as obras do Porto de Luís Correa, no Piauí. Segundo a presidenta, os recursos para o estado estão garantidos.
“O de Luís Correia está inteiramente assegurado. A gente teima com aquele Porto. Vamos querer fazer ele, e prometo que iremos concluir esse Porto de Luís Correia”, afirmou.
As obras de Luís Correa foram iniciadas e paralisadas no início da década de 80. Somente duas décadas depois, já no governo do presidente Lula, houve decisão efetiva de retomar esse projeto. Quando a obra foi retomada, com o PAC, houve dificuldades contratuais com a empresa que venceu a licitação, como não cumprimento de prazos e questionamentos do Tribunal de Contas da União (TCU) relativos à licitação e a supostas irregularidades na prestação do serviço. Por essas razões, em 2011 o governo do estado rescindiu o contrato com a empresa e agora trabalha para regularizar as questões envolvendo o Tribunal de Contas.
Em relação ao Porto de Mariel, a presidenta enfatizou que a operação de crédito junto ao BNDES é vantajosa para as empresas brasileiras. Segundo a presidenta, o financiamento foi um bom negócio, pois beneficiou 400 empresas brasileiras, gerou mais de 150 mil empregos no Brasil e US$ 800 milhões gastos na exportação de bens e serviços.
CAMOCIM INFORMADOS“O Porto de Mariel não tem nada com o de Luís Correia, porque não financiamos o Porto de Mariel. Financiamos 400 empresas brasileiras que fornecem equipamentos, o que é importante porque gera emprego no Brasil, temos uma demanda lá fora, eles pagam, e financiamos as empresas para serviços no exterior. Isso é algo que países como os EUA e europeus fazem, porque é vantajoso para as empresas brasileiras, financiamos elas, não a obra. E com isso vendem seus produtos. Isso é uma forma de atuação internacional clássica, principalmente dos países desenvolvidos”.
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