A executiva estadual do Psol divulgou nota de solidariedade ao vereador João Alfredo (PSol) após ter sido chamado de “pateta” e“demagogo” pelo secretário municipal de Educação, Ivo Gomes.
O Psol classificou o fato como mais um ataque dos irmãos Ferreira Gomes. Disse, ainda, que o discurso foi “raivoso”, utilizando “termos de baixo calão” e em“tom provocador”, procurando desviar o foco da questão central que motivará a discussão.
Bate-bocaNa última terça-feira (18), Ivo Gomes esteve na Câmara Municipal, onde realizou uma prestação de conta. Na ocasião, ele trocou farpas com João Alfredo. O secretário chamou o parlamentar de “demagogo” e “pateta”. O secretário relembrou à polêmica das passagens áreas da época em que João Alfredo era deputado federal.
Na íntegra
Leia, abaixo, a nota do Psol:
Leia, abaixo, a nota do Psol:
“Não vou levar desaforo de demagogo pra casa. Eu não tenho medo de você”, disse Ivo, após João Alfredo discordar de alguns dados referentes à pasta de Educação. O secretário afirmou também que o vereador vai “perder todas” as ações que por ventura vier a impetrar contra ele. Ivo disse ainda que João Alfredo era um “pateta”.
Em mais um episódio de ataques que o PSOL vêm sofrendo e que vem sendo desferidos pela oligarquia dos Ferreira Gomes à frente dos governos do Estado e do Município (Pros), em franca artilharia contra nosso partido e os segmentos da luta pelo direito à educação pública, gratuita e socialmente referenciada, vimos tornar público o nosso repúdio à conduta truculenta e desrespeitosa do Sr. Ivo Gomes, Secretário de Educação da cidade de Fortaleza, em ocasião do seu pronunciamento no dia 18 de Fevereiro na Câmara Municipal.
Na tribuna, cumprindo o seu papel de parlamentar, comprometido com a garantia do direito à educação, o vereador João Alfredo (PSOL), questionou sobre as ações da administração do Prefeito Roberto Cláudio (Pros) e de seu respectivo Secretário de Educação, que vêm, em apenas um ano de gestão, empreendendo uma série progressiva de graves retrocessos no que diz respeito à garantia do acesso a esses importantes direitos sociais conquistados por nossa sociedade, sobretudo para crianças e adolescentes. As ações incluem desde a diminuição dos dias letivos do calendário escolar no ano de 2013 – o chamado “pacto pela educação” – e das escolas com alfabetização de jovens e adultos, até o fim do tempo integral da creche para crianças com três anos de idade, o fechamento de bibliotecas e laboratórios de informática, a desorganização quanto à lotação de professores e quanto ao remanejamento de estudantes para longe de suas comunidades. Todas estas ações vêm sendo motivo de denúncia de professores, de pais e mães de alunos, da Comissão de Defesa da Educação.
O secretário poderia ter optado pelo bom debate e ter respondido as perguntas, mas não o fez. A opção feita por Ivo Gomes foi o ataque ao vereador João Alfredo, vociferando um discurso raivoso, utilizando termos de baixo calão, que em tom provocador, procuravam desviar o foco da questão central que motivara a discussão. Não o fez porque responder estas perguntas seria expor um projeto de educação limitado, elitista, a serviço de uma administração que já demonstrou a quem está servindo. Lamentamos essa conduta desrespeitosa, cuja violência – sabemos – tem o objetivo de impedir o livre debate, desviar o foco a problemática da situação da educação no município e tentar intimidar aqueles e aquelas que não se deixaram seduzir e cooptar. Que não se intimidaram e nem se tornaram subservientes.
Num contexto de mudanças que o país vem vivendo, em que o povo vai às ruas lutar por seus direitos, sabemos que a criminalização de toda a esquerda social é orquestrada e no Ceará e em Fortaleza não é diferente. Sabemos que estes ataques, seja dos governos, seja dos grandes veículos midiáticos que monopolizam a comunicação, não são um mero acaso: somos uma ameaça a manutenção dos privilégios elitistas de uma sociedade tão injusta e desigual. Seu intuito ao tentar deslegitimar o PSOL perante a sociedade pretende desmoralizar e descredenciar o projeto alternativo que defendemos e que é bandeira levantada por toda a nossa esquerda social, inserida nos movimentos e comprometida verdadeiramente com a mudança que os Ferreira Gomes não representam, pois estão à serviço do projeto das classes dominantes.
Quanto mais ataques são desferidos contra o PSOL e nossos parlamentares, mais caminhamos com a certeza de que estamos no lado certo. Em tempos em que as mordaças se multiplicam, em tempos de confusão organizada, escolhemos o desafio de seguir afirmando: Nada deve parecer natural, nada deve parecer impossível de mudar. Nos parlamentos ou nas ruas, por uma educação pública, gratuita e socialmente referenciada, continuaremos nas lutas!
CAMOCIM INFORMADOS
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