quinta-feira, 12 de setembro de 2013

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Altamiro Borges: Nós sabemos o que FHC fez no verão passado



Numa pomposa solenidade, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso assumiu nesta terça-feira (10) a cadeira número 36 da Academia Brasileira de Letras (ABL). O novo “imortal”, vestindo seu fardão aristocrático, fez um discurso gorduroso, cheio de platitudes, no qual teorizou sobre a crise da democracia no país. Os jornalões e as emissoras de tevê adoraram o ritual e bajularam FHC, “O príncipe da privataria” – conforme o título do livro recém-lançado pelo jornalista Palmério Dória.
Segundo relato entusiasmado da Folha tucana, “na cerimônia de posse mais concorrida dos últimos anos na Academia Brasileira de Letras”, o ex-presidente “apontou as insuficiências da democracia no Brasil. Entre os convidados estavam o ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello, o cantor Gilberto Gil e os principais nomes do PSDB: o governador Geraldo Alckmin (SP), o senador Aécio Neves (MG) e o ex-governador José Serra (SP)”.
“O evento aconteceu no salão nobre do Petit Trianon, o prédio histórico que serve de sede para a Academia, no centro do Rio. Vestindo o fardão de acadêmico, o ex-presidente iniciou seu discurso falando sobre a ‘importância dos rituais’, como aquele de que tomava parte, e fazendo referência a sua mulher, Ruth Cardoso (1930-2008)… Ao fim do discurso, FHC assinou o livro de posse e recebeu os tradicionais adereços que compõem o figurino da ABL: o colar com uma medalha, entregue por Nélida Piñon; o diploma, entregue pelo historiador José Murilo de Carvalho, e a espada, dada por Eduardo Portella – que substituiu na função o decano da ABL, José Sarney”.
Ainda segundo os relatos da mídia amiga, o “imortal” jurou de pé junto que “o desenvolvimento, a democracia, a liberdade e a igualdade eram e continuam a ser nossa obsessão. A esses objetivos dediquei meus esforços como intelectual e tentei alcançá-los em minha prática política”. Sobre os recentes protestos de rua, FHC disse que “a ampliação da democracia e da liberdade de informação choca-se com as insuficiências da República. À inadequação das instituições acrescenta-se sua desmoralização, agravada por episódios de corrupção”.
Durante o triste reinado de FHC, o Brasil afundou numa grave crise econômica, ficando de joelhos para o FMI; o desemprego bateu recordes; os direitos trabalhistas foram surrupiados; o Exército foi acionado para aniquilar uma greve dos petroleiros e a violência dizimou assentados do MST; vários casos de corrupção foram denunciados e arquivados pelo Judiciário, com a cumplicidade da mídia tucana. O livro de Palmério Dória revela alguns destes crimes, como na compra de votos para sua reeleição. A ABL, que antes já havia tornado “imortal” o erudito Merval Pereira, da golpista Rede Globo, evita estas histórias comprometedoras nos seus rituais. A mídia amiga também!
Numa pomposa solenidade, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso assumiu nesta terça-feira (10) a cadeira número 36 da Academia Brasileira de Letras (ABL). O novo “imortal”, vestindo seu fardão aristocrático, fez um discurso gorduroso, cheio de platitudes, no qual teorizou sobre a crise da democracia no país. Os jornalões e as emissoras de tevê adoraram o ritual e bajularam FHC, “O príncipe da privataria” – conforme o título do livro recém-lançado pelo jornalista Palmério Dória.

Segundo relato entusiasmado da Folha tucana, “na cerimônia de posse mais concorrida dos últimos anos na Academia Brasileira de Letras”, o ex-presidente “apontou as insuficiências da democracia no Brasil. Entre os convidados estavam o ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello, o cantor Gilberto Gil e os principais nomes do PSDB: o governador Geraldo Alckmin (SP), o senador Aécio Neves (MG) e o ex-governador José Serra (SP)”.

“O evento aconteceu no salão nobre do Petit Trianon, o prédio histórico que serve de sede para a Academia, no centro do Rio. Vestindo o fardão de acadêmico, o ex-presidente iniciou seu discurso falando sobre a ‘importância dos rituais’, como aquele de que tomava parte, e fazendo referência a sua mulher, Ruth Cardoso (1930-2008)… Ao fim do discurso, FHC assinou o livro de posse e recebeu os tradicionais adereços que compõem o figurino da ABL: o colar com uma medalha, entregue por Nélida Piñon; o diploma, entregue pelo historiador José Murilo de Carvalho, e a espada, dada por Eduardo Portella – que substituiu na função o decano da ABL, José Sarney”.

Ainda segundo os relatos da mídia amiga, o “imortal” jurou de pé junto que “o desenvolvimento, a democracia, a liberdade e a igualdade eram e continuam a ser nossa obsessão. A esses objetivos dediquei meus esforços como intelectual e tentei alcançá-los em minha prática política”. Sobre os recentes protestos de rua, FHC disse que “a ampliação da democracia e da liberdade de informação choca-se com as insuficiências da República. À inadequação das instituições acrescenta-se sua desmoralização, agravada por episódios de corrupção”.

Durante o triste reinado de FHC, o Brasil afundou numa grave crise econômica, ficando de joelhos para o FMI; o desemprego bateu recordes; os direitos trabalhistas foram surrupiados; o Exército foi acionado para aniquilar uma greve dos petroleiros e a violência dizimou assentados do MST; vários casos de corrupção foram denunciados e arquivados pelo Judiciário, com a cumplicidade da mídia tucana. O livro de Palmério Dória revela alguns destes crimes, como na compra de votos para sua reeleição. A ABL, que antes já havia tornado “imortal” o erudito Merval Pereira, da golpista Rede Globo, evita estas histórias comprometedoras nos seus rituais. A mídia amiga também!


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