O dólar vale R$ 2,20. E a Veja vale nada…
19 de setembro de 2013 | 17:39
Por dica do leitor Marco Antonio, lembro que hoje se completa um mês que a revista Veja, além do medo do motorzinho, fazia seus leitores de sala de espera de dentista se apavorarem com a desintegração da nossa moeda.
Um real em chamas, se acabando, batendo em 2,46 por dólar. A inflação ia chegar a sete por cento, os produtos importados ou que levam insumos estrangeiros disparariam.
Descontrole. Caos.
Um mês depois, pelo segundo dia, o dólar fecha na casa de R$ 2,20, 10% abaixo daquele pico.
E a Veja?
Vai publicar uma capa com o real subindo, em lugar de cair? Seria uma bobagem, como poderia ser aquela de um mês atrás, se não se destinasse a obeter os dividendos políticos do medo.
Capas de Veja são como bilhetes de sequestrador.
Destinam-se a amedrontar, a chantagear, a assustar.
A desta semana com a foto de um Celso de Mello apreensivo e a frase policialesca “Eis o homem”, como a dólar, deu chabu.
Não tem importância, como os fatos não tem importância ali.
Porque não se trata de jornalismo, mas de propaganda política da pior espécie, que não vacila diante de ferir a honra, a autonomia e a dignidade de pessoas nem a vida econômica do país.
A Veja desta semana, a do mês passado ou a que sai no próximo final de semana servem para o mesmo: ir para o lixo.
Ou para aquele montinho de revistas velhas e inúteis que se folheia, nervosamente, nas salas de espera dos dentistas.
Por: Fernando BritoCAMOCIM INFORMADOS
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