"Empresas buscam mão de obra haitiana"
Empresas das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste têm buscado mão de obra haitiana disponível no Norte para completarem os quadros de funcionários.
Representantes de indústrias de setores como construção civil e metalurgia desembarcam em Manaus e levam consigo imigrantes dispostos a serviços braçais, afirmam os padres da paróquia de São Geraldo, que dá assistência aos haitianos.
"A fábrica de fogões Atlas, de Pato Branco [PR], ficou aqui três dias e levou 90 haitianos", diz o padre Gelmino Costa. Procurada, a empresa não respondeu à reportagem.
A paróquia quer organizar cursos profissionalizantes para os estrangeiros --o Senai já capacitou ao menos 400 haitianos só em Manaus.
"O pessoal de recursos humanos da nossa empresa em Mato Grosso irá aprender francês e créole [língua falada no Haiti] para facilitar a comunicação com os haitianos", disse Armando Ribeiro, gerente da Plaenge Empreendimentos.
Providenciar documentação tem sido a política básica adotada pelo governo federal aos haitianos que chegam ao país, segundo o Conselho Nacional de Imigração.
"O que tem sido feito é mais na linha da emissão de documentos mesmo", disse o presidente do conselho, Paulo Sérgio Almeida.
"A gente precisa de um trabalho melhor de integração. Reconheço a necessidade de se fazer mais coisas."
Só neste ano, 8.000 haitianos já desembarcaram no Acre. No Amazonas foram cerca de 1.300 até setembro.
Desde 2010, quando o Haiti foi devastado por um terremoto, já são mais de 15 mil os haitianos no Brasil.
CAMOCIM INFORMADOS
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