quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Valor Econômico:

 "Cresce o número de técnicos enviados para outros países"



O colombiano David Paloma, gerente de desenvolvimento da ABB, há dois meses foi transferido da Finlândia para o 
      
O colombiano David Paloma, gerente de desenvolvimento da ABB, há dois meses foi transferido da Finlândia para o Brasil
A expatriação entre funcionários com funções técnicas cresceu no último ano. Essa é a conclusão da pesquisa Mobility Brasil 2013, realizada pela consultoria Global Line com 82 empresas. Segundo o levantamento, 35% de 4.650 movimentações envolveram profissionais técnicos. Na primeira edição, no ano passado, foram 30%.
      
O estudo, que teve apoio da Fundação Instituto de Administração (FIA) e da Associação Brasileira de Recursos Humanos do Rio de Janeiro (ABRH-RJ), mostrou que a participação de presidentes e diretores no total de expatriações caiu de 15% em 2012 para 12% neste ano. As funções gerenciais, embora ainda representem mais da metade das movimentações, também registraram uma queda na participação, de 55% para 53%.
                       
Para Andréa Fuks Ribeiro, sócia da Global Line, uma das razões para a mudança no perfil do expatriado é a demanda do setor de óleo e gás. Com a descoberta de petróleo na camada pré-sal, os negócios aumentaram e, consequentemente, a necessidade de profissionais técnicos altamente especializados e experientes.
                      
Outro fator é uma mudança no motivo da importação de empregados. Antes, a expatriação quase sempre atendia à necessidade da empresa de transmitir a cultura organizacional da matriz para a subsidiária, algo que se fazia com a expatriação de gestores, segundo Claudia Perrone, diretora de recursos humanos do banco UBS no Brasil. "Agora, o conceito é outro. Já somos globais [em termos de cultura organizacional]", afirma. "Toda vaga que surge é colocada na intranet do banco e funcionários de qualquer país podem se candidatar", afirma a executiva da instituição, presente em 60 nações. Para ela, movimentar profissionais técnicos é "o que realmente dá o sentido de globalidade" a uma empresa.
                    
O aumento da participação de profissionais com função técnica ajuda a entender a redução da despesa média do expatriado para as empresas. Segundo a pesquisa, o custo caiu dez pontos percentuais em relação ao ano passado. Mesmo assim, continua caro trazer um funcionário de fora - um estrangeiro tem um custo adicional de 118% para a empresa em comparação a um empregado "nativo". Em 2012, o percentual era 128%.
Publicado em 16/10/2013 no Valor Econômico.

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