terça-feira, 10 de setembro de 2013

Negociação salarial


Apesar do crescimento econômico do setor calçadista negociações com a Democrata não 

avançam.


Empresa se recusa a conceder alimentação, cesta básica e piso salarial abaixo da expectativa dos trabalhadores.

No dia 13 de agosto, ocorreu nossa última reunião com a Democrata, na Superintendência Regional do Trabalho. Mais uma vez, a empresa se fez representar apenas por um advogado, sem nenhum poder de decisão. Aquilo que os donos da empresa decidiram em São Paulo ele apresentou e não agradou nem um pouco à direção do Sindicato.
 As propostas que o advogado da empresa apresentou foram a s seguintes: Piso salarial para os trabalhadores de 695,00 Reais e 8% de reajuste para o gerente e demais chefes. Propuseram um auxilio creche de 60,00 R$ por quatro meses após o retorno da mãe trabalhadora da licença maternidade. Em relação a liberação para que dirigentes sindicais de reuniões do Sindicato, propões seis vezes por ano para dois diretores.
O sindicato propôs piso salarial de 715,00 Reais, retroativo a primeiro de abril, condicionado cesta básica e alimentação no local de trabalho fornecido pela empresa; auxilio creche de 60 Reais por seis meses após o retorno da trabalhadora da licença maternidade; liberação de 03 dirigentes sindicais 12 vezes por ano; ficou uma nova reunião agendada para o próximo dia 17 ás 08 horas e 30 minutos.


                                         Faturamento de quase oito bilhões

Setor calçadista do Ceará faturou 7,8 Bilhões de Reais em 2012
Informações do Anuário da Moda do Ceará revela que o faturamento de 2012 foi 14,7% superior ao ano de 2011.

Os patrões têm chorado de barriga cheia. Segundo informações do Anuário da Moda do Ceará, o setor calçadista vem apresentando ótimos resultados nos últimos anos. Só em 2012 o faturamento foi de sete bilhões e oitocentos milhões de Reais. Em 2013, a perspectiva é um faturamento 9,5% maior.

          A coisa é tão boa para os empresários, que a cada dia mais empresas declaram intenção de vir para o Ceará. Só para citar um exemplo: em eram 236 empresas calçadistas no Estado. Em 2012 esse número já é de 315 empresas. Isso significa uma alta de 33,5%. Em 2012 essas empresas, ou melhor, os trabalhadores dessas empresas, produziram 314 milhões e 300 mil pares de calçados. Essa produção foi 13,8% superior à produção de 2011.
          Em 2013, o Instituto de Estudos e Marketing Industrial, órgão responsável por levantar os dados estatísticos que contém no Anuário, o acréscimo na produção será em torno de 7,1%. Segundo o mesmo Instituto, as importações vão aumentar em 21,9% e as exportações crescerão na ordem de 2,8%.
         
  E os trabalhadores, como é que estão?

Vivemos uma enorme contradição. A riqueza patronal é inversamente proporcional as nossas dificuldades. Enquanto eles enricam, nós ficamos endividados e doentes. Os números dessa pesquisa estão aí para confirmar. O nosso salário é um dos mais baixos do Brasil. Não temos cesta básica. Não temos alimentação no local de trabalho.  Uma quantidade enorme de trabalhadores adoecem acometidos de doenças profissionais e muitos são vítimas de assédio moral. E para completar ainda demitem dirigentes sindicais. É por isso que muitas empresas querem vir pra cá. Queremos que elas venham porem queremos que nossos direitos sejam respeitados.

Queremos piso de 715 Reais, cesta básica, fornecimento de merenda e almoço e o direito a livre organização sindical. Nossa luta vai garantir isso. Queremos trabalho digno, más queremos respeito. Queremos a carga horária reduzida. Abaixo a exploração. Dignidade para quem a produz a riqueza.



CAMOCIM INFORMADOS

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