O senador Eunício Oliveira (PMDB) tem conversado com opositores ao governador Cid Gomes (Pros), para colocar na mesa de discussão os vários cenários da sucessão estadual nas eleições de outubro deste ano. Durante a semana, o peemedebista encontrou-se com o vereador Capitão Wagner (PR) e conversou com a ex-prefeita Luizianne Lins (PT).
Além deles, Eunício já havia jantado com o ex-senador Tasso Jereissati (PSDB) e trocado telefonemas com o deputado estadual Heitor Férrer (PDT). As reuniões evidenciam, cada vez mais, o possível racha entre o PMDB e o Pros.
De acordo com o presidente municipal do PT, Elmano de Freitas, a conversa com Luizianne girou em torno da sucessão estadual, incluindo a possibilidade de candidatura própria da legenda ao governo do Estado. Enquanto Eunício Oliveira expôs seu desejo de ser candidato à chefia do Palácio da Abolição, Luizianne, por sua vez, evidenciou a importância do apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). “O PT está em uma situação delicada, sem saber se apoia o PMDB ou o Pros. Então ficamos de aguardar conversas”.
O petista mostrou-se surpreso com a reunião, mas revelou que Luizianne já havia tido conversas com o peemedebista em outras ocasiões “Eles se falaram outras vezes por telefone”, acrescentou.
TENSÃO
O vereador Capitão Wagner (PR) também reuniu-se com o peemedebista para debater a sucessão estadual, na quarta-feira. Na impossibilidade da continuidade da aliança com Cid, o parlamentar acredita que o peemedebista pode ser candidato do bloco oposicionista ao governo do Estado. “A gente viu que, realmente, o fato de o senador Eunício ser candidato ao governo com o apoio do Cid Gomes é remoto. Pessoalmente, conferi uma tensão muito grande entre ambas as partes”, revelou.
A reunião, que durou cerca de 40 minutos, também tratou sobre a questão da Segurança Pública no Estado. “Acredito que o senador possa apresentar um projeto para o Estado do Ceará, voltado principalmente para a questão da humanização dos serviços públicos, principalmente da segurança”, enfatiza. A previsão, segundo o parlamentar, é que até o fim de abril fique definida a ruptura entre PMDB e Pros.
Fonte: O Estado CE
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