Índice caiu ao menor nível da história para meses de março, com menos pessoas procurando emprego
A taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do País caiu para 5%, menor patamar para março desde o início da série histórica da Pesquisa Mensal de Emprego, em 2002, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado foi menor até do que o verificado em fevereiro, o que contraria um movimento sazonal de dispensa de trabalhadores temporários após as festas de fim de ano.
No entanto, não houve geração de vagas. A população ocupada ficou estagnada em relação a março de 2013. Na comparação com fevereiro, foram eliminados 52 mil postos. Ainda assim, houve redução de 30 mil pessoas na fila do desemprego. A conclusão é que esses indivíduos aderiram à inatividade.
"A taxa (de desemprego) caiu porque teve redução da população desocupada. Como a população ocupada está estável, então houve aumento da inatividade", disse Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.
Nos últimos meses, a taxa de desemprego se manteve em mínimas históricas graças à saída de pessoas do mercado de trabalho. Em um ano, a população não economicamente ativa aumentou 4,2%, o equivalente a 760 mil brasileiros em idade de trabalhar que desistiram de ter um emprego. Do total de inativos, 90% declaram que não procuraram uma vaga porque não têm desejo de trabalhar.
O aumento na renda, que permite que alguns membros da família deixem de ter um emprego, e a busca por mais instrução podem ser explicações para o fenômeno, citou Azeredo.
O cenário no mercado de trabalho ainda é de força, sem perspectivas de mudança, na avaliação da economista Mariana Hauer, do banco ABC Brasil. "Os dados não mostram nenhum sinal de desaquecimento ou de inverter essa tendência, está bem estável", disse. Ela esperava uma taxa de desocupação maior para o mês, de 5,4%, em razão da questão sazonal.
Diante da persistência do desemprego em mínimas históricas, a consultoria Tendências reduziu a sua projeção para a taxa de desocupação média no ano de 5,7% para 5,3%.
Já o diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, Octavio de Barros, aposta em uma elevação gradual da taxa ao longo do ano, como consequência da moderação da ocupação em resposta à atividade econômica e da normalização da população economicamente ativa. "Nossa estimativa aponta aumento da taxa média de desemprego de 54% para 5,7% entre 2013 e 2014", projeta Barros, em análise do departamento de pesquisas do banco.
Colaborou Beatriz Bulla
Alta gradual
O Bradesco aposta em alta gradual da taxa de desemprego ao longo do ano. O índice deve passar dos 5,4% registrados em 2013 para 5,7% em 2014.
Fonte: 18/04/2014
A taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do País caiu para 5%, menor patamar para março desde o início da série histórica da Pesquisa Mensal de Emprego, em 2002, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado foi menor até do que o verificado em fevereiro, o que contraria um movimento sazonal de dispensa de trabalhadores temporários após as festas de fim de ano.
No entanto, não houve geração de vagas. A população ocupada ficou estagnada em relação a março de 2013. Na comparação com fevereiro, foram eliminados 52 mil postos. Ainda assim, houve redução de 30 mil pessoas na fila do desemprego. A conclusão é que esses indivíduos aderiram à inatividade.
"A taxa (de desemprego) caiu porque teve redução da população desocupada. Como a população ocupada está estável, então houve aumento da inatividade", disse Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.
Nos últimos meses, a taxa de desemprego se manteve em mínimas históricas graças à saída de pessoas do mercado de trabalho. Em um ano, a população não economicamente ativa aumentou 4,2%, o equivalente a 760 mil brasileiros em idade de trabalhar que desistiram de ter um emprego. Do total de inativos, 90% declaram que não procuraram uma vaga porque não têm desejo de trabalhar.
O aumento na renda, que permite que alguns membros da família deixem de ter um emprego, e a busca por mais instrução podem ser explicações para o fenômeno, citou Azeredo.
O cenário no mercado de trabalho ainda é de força, sem perspectivas de mudança, na avaliação da economista Mariana Hauer, do banco ABC Brasil. "Os dados não mostram nenhum sinal de desaquecimento ou de inverter essa tendência, está bem estável", disse. Ela esperava uma taxa de desocupação maior para o mês, de 5,4%, em razão da questão sazonal.
Diante da persistência do desemprego em mínimas históricas, a consultoria Tendências reduziu a sua projeção para a taxa de desocupação média no ano de 5,7% para 5,3%.
Já o diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, Octavio de Barros, aposta em uma elevação gradual da taxa ao longo do ano, como consequência da moderação da ocupação em resposta à atividade econômica e da normalização da população economicamente ativa. "Nossa estimativa aponta aumento da taxa média de desemprego de 54% para 5,7% entre 2013 e 2014", projeta Barros, em análise do departamento de pesquisas do banco.
Colaborou Beatriz Bulla
Alta gradual
O Bradesco aposta em alta gradual da taxa de desemprego ao longo do ano. O índice deve passar dos 5,4% registrados em 2013 para 5,7% em 2014.
Fonte: 18/04/2014
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