Só no Rio, tumulto no desfile, pela união dos
idiotas: black blocks, polícia e governador
Em todo o país, o temido confronto no desfile, não aconteceu.
Exceto no Rio, numa escaramuça que deu um “prêmio de consolação” para a mídia ansiosa por um confronto em Brasília, diante de Dilma.
O que se passou no Rio foi fruto de um festival da incompetência.
A começar, claro, pelo Governador do Estado, que fez questão de acirrar os ânimos, com o pedido de detenção de pessoas mascaradas e uma polìtica de brutalidade policial – que, sempre, aliás, se desenvolveu sob o aplauso da mídia.
Todo mundo pode ver, pela televisão, que havia um punhado – que não chegava a 50 pessoas – de black blocs se preparando no meio dos manifestantes, até então pacíficos mas, sem dúvida, coniventes com o grupo que, à vista de todos, se preparava para a agressão.
Usando, aliás, como você vê na imagem, escudos com imagens de mortos pela ditadura militar, que não mereciam e não serviriam jamais, se estivessem vivos, a quem adota métodos fascistas de provocação que flertam com o autoritarismo.
Quem conhece o lugar onde isso ocorreu, sabe que a Avenida Presidente Vargas é um emaranhado de ruelas, com duas ou três vias mais largas, entre elas a Avenida Passos, onde ocorria a concentração de algo em torno de 200 ou 300 pessoas.
Quando esse grupo marchou no sentido oposto da Presidente Vargas, em direção à Praça Tiradentes, só os ingênuos e a polícia podem ter achado que isso era um recuo. Qualquer pessoa com um pouco mais que primarismo mental sabia que os black blocs do Rio fariam de tudo para conseguir um confronto.
Tanto que, ao chegar na Praça Tiradentes, foram diretamente para a porta do 2o. Batalhão da PM, onde deliberadamente começaram um inicio de confusão para, enquanto isso, permitir a aproximação de um grupo ao palanque principal de autoridades do desfile, diante do Comando Militar do Leste, antigo Ministério da Guerra.
Ali, como uma falange, romperam o fraco e equívoco bloqueio de grades leves e uma “linha burra” de policiais, distantes três metros um do outro.
E, claro, o grupinho conseguiu seu objetivo, o de dar à Globo e à mídia a imagem de um “conflito popular”, “invasão” da Presidente Vargas.
Um mínimo de inteligência bloquearia com portões fixos as vias mais largas; e com veículos e um pelotão, as mais estreitas, deixando passar todos, exceto os que tinham o evidente projeto de agredir.
Tanto que, por todo o país, as pequenas manifestações foram, como devem ser, livres e pacíficas, ao menos até agora. Só depois dos desfiles, especialmente em Brasilia, algum protesto, e algumas provocações de black blocs, calculados, pela própria Midia Ninja, que transmitia pela internet, em “uns dez ou quinze”.
Os protestos, justos ou não, fazem parte da vida democrática e são essenciais a ela.
Mas, no Rio, um governador irresponsável, ausente e detestado, conseguiu o que os grupos nazistóides não conseguiram pelo país inteiro.
A polícia do Rio de Janeiro é um retrato do que seu governador e nossa mídia fez dela. Um amontoado anti-profissional, que só atinge níveis máximos quando se trata de brutalidade, malgrado a tentativa de uns raros oficiais e soldados de manterem-se, como devem se manter, frios diante de qualquer situação, mesmo as de provocação evidente.
Daí em diante, o que se viu foram correrias e tropelias.
Próprio da selvageria, não da democracia.
PS. Por volta de meio-dia, black blocs tomaram a frente de uma manifestação pacífica e armaram, nas barbas do comando da polícia, outro confronto no mesmo e exato lugar onde queriam fazer: em frente ao comando do Exército. O repórter da Globo diz que “não sabia exatamente o objetivo” de black blocs de correrem em direção às guaritas do Palácio Duque de Caxias, sede do Comando Militar do Leste. Como não? Provocação fascistóite, ora!
Por: Fernando Brito
CAMOCIM INFORMADOS
Nenhum comentário:
Postar um comentário