A disputa eleitoral no Ceará contará com cerca de 768 candidatos, dos quais, 553 irão disputar as vagas de deputados estaduais e 195 as de deputados federais. Os números dizem respeito aos pedidos de registros de candidatura junto ao Tribunal Regional Eleitoral e podem variar de acordo com as impugnações propostas pelo Ministério Público e o julgamento da Justiça Eleitoral. Desde já, a expectativa é que a eleição seja acirrada devido à quantidade expressiva de candidatos lançados pelos partidos e coligações.
No caso da disputa majoritária, por outro lado, o número de postulantes aos cargos de governador e senador é o menor já visto no Ceará, se comparado aos cinco pleitos anteriores. Em 2014, apenas quatro candidatos disputam o governo do Estado e outros quatro concorrem ao Senado. A relação dos candidatos pode ser conferida junto ao Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE/CE), que, no último sábado, recebeu os pedidos de registros de candidaturas.
COLIGAÇÕES
A coligação do petista Camilo Santana é a maior em quantidade de candidatos, seguido pelo PMDB. A corrida à Assembleia Legislativa terá 91 postulantes na disputa por uma das 46 vagas, sendo 20 nomes só do Pros. Já para a Câmara Federal, a coligação conta com 44 candidatos. A aliança liderada pelo PMDB é formada por 122 candidaturas, sendo 86 postulantes a deputado federal e 33 federais.
O PSB, porém, concorre sozinho no pleito e homologou quatro candidatos a deputado federal e 25 para federal. A Frente de Esquerda Socialista, formada pelo Psol, PSTU e PCB, registrou 39 candidaturas a deputado estadual e 48 para federal. Ao todo, 17 partidos/coligações solicitaram pedido de registros de candidaturas.
Segundo a cientista política Carla Michelle, da Universidade Estácio/FIC, muito se fala do grande número de candidatos que colocam seus nomes na disputa eleitoral, entretanto, tal fato ganha relevância devido à estratégia política de cada partido. Michelle explica que, na realidade, a quantidade de candidatos na disputa pelas vagas ao Legislativo ajuda na composição do coeficiente eleitoral. “É por isso que existe essa infinidade de candidatos concorrendo ao pleito, o que pulveriza e aumenta as chances dos partidos de ampliar suas bancadas”, esclareceu.
MAJORITÁRIA
Na disputa majoritária, mesmo em casos em que existe uma grande quantidade de candidatos, a disputa é sempre polarizada. Este ano, apesar da redução de candidatos ao Executivo, a previsão é a mesma. Segundo explicou Carla Michelle, a disputa eleitoral em 2014 deve seguir a mesma polarização, assim como aconteceu nas eleições municipais, devido à reunião de diversos partidos em torno da indicação do governador Cid Gomes (Pros). Para a professora, a estratégia é boa, entretanto, enfraquece o debate.
Ela, no entanto, acredita na realização de segundo turno, tendo em vista que a disputa será polarizada. “Apesar de ser da mesma família política, Eunício Oliveira ocupou o discurso da oposição”, disse.
Fonte: O Estado CE
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