"Qualificar a mão de obra"
O Brasil aproxima-se do pleno emprego, quando se comparam os índices aqui exibidos com os de países industrializados, principalmente os da Europa. Ainda assim, nesse particular poderíamos exibir indicadores ainda melhores, não fosse uma deficiência crônica: a má qualificação da mão de obra disponível.
Dados recentemente divulgados pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) dão conta de que 65% das empresas no país têm dificuldade de preencher seus quadros por essa carência de trabalhadores adequadamente escolarizados.
A situação é ainda pior no Norte e Nordeste, onde são raras as iniciativas, tanto por parte do setor privado quando do governo, no sentido de melhor aparelhar os trabalhadores.
Cabe destacar o papel preponderante exercido na Bahia pelo Sistema Fieb, da Federação das Indústrias, responsável pela criação e manutenção do Senai/Cimatec. Esta entidade de ensino técnico e superior exibe resultados capazes de atrair a atenção dos maiores grupos empresariais do país, alguns inseridos no estado da arte tecnológica, como é o caso da Embraer.
O Instituto de Robótica recém criado em Salvador pelo Sistema Fieb, para o desenvolvimento de inteligência artificial, mostra ser possível e viável qualificar a mão de obra nas diversas regiões do país, reduzindo, com isso, a distância, em termos de educação e desenvolvimento, do Sul e Sudeste para as demais.
É possível, portanto, reduzir ainda mais as taxas de desemprego, uma vez que se preencham as vagas de trabalho abertas nos setores industriais brasileiros, podendo-se chegara uma situação privilegiada, no mundo, em termos de empregabilidade.
Cabe às empresas investir em treinamento e qualificação, como o faz a Federação dasIndústrias do Estado da Bahia, por exemplo, mas principalmente ao setor público, inclusive ampliando o número de escolas de nível técnico. E, mais do que tudo, levar esse conhecimento ao interior dos estados, que mais se ressente da falta de oportunidades.
CAMOCIM INFORMADOS
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