Apesar da falta de consenso, a votação do piso nacional para os agentes comunitários de saúde é uma das prioridades da Câmara dos Deputados para 2014.
O assunto poderá voltar à pauta do Plenário em março, segundo previsão feita pelo presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves.
Hoje, a categoria recebe uma parte dos R$ 950 repassados aos municípios pelo governo federal. Um texto aprovado pela comissão especial que analisou o projeto prevê um aumento progressivo do piso, até chegar a dois salários mínimos em 2015.
Para o líder do Partido dos Trabalhadores, deputado José Guimarães, ainda há chance de se chegar a um valor que preserve os interesses tanto do governo quanto da categoria. “Nós precisamos dialogar com eles, que também fazem a saúde pública no Brasil. Não pode fazer de conta que o problema não existe. Ele existe, é real e nós temos que buscar uma solução”.
A agente comunitária de saúde Ruth Brilhante de Souza afirma que, em alguns municípios, o valor repassado ao agente é inferior a um salário mínimo. “Não temos definição do salário do agente comunitário de saúde. Cada município paga o que define. Se o governo manda R$ 950, o município faz sua parte burocrática e define o que vai para os agentes comunitários de saúde, o que, às vezes, não chega a um salário mínimo”, reclama.
Fonte: O Estado CE
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