No último dia 23 de novembro, o Diário do Nordeste abordou a violência sofrida pelos carteiros, que viraram alvos fáceis de furtos e assaltos
Segundo a ECT/CE, por meio de sua assessoria de imprensa, todos os bairros de Fortaleza são atendidos pelos Correios. O que existem são logradouros (ruas e travessas) em áreas como Pirambu, São Miguel e Rosalina onde a distribuição domiciliar é feita com restrições para garantir a segurança dos empregados.
A empresa garante que todas as agências dos Correios no Estado já possuem sistema de alarme e outras iniciativas estão sendo colocadas em prática.
Na relação, treinamentos para empregados das áreas de distribuição e atendimento com foco em ações preventivas de segurança. "A expectativa é de contemplar mais de 2 mil empregados até agosto", informa a ECT. Além disso, haverá a ampliação do número de agências com vigilância armada e a compra de mais de 200 novos Circuitos Fechados de Televisão para monitorar em tempo real as unidades de atendimento, com início das instalações previsto para março, teve a licitação concluída.
Um acordo de cooperação técnica com o Departamento de Polícia Federal para a implantação de ações para prevenção e repressão de roubos a carteiros e assaltos a agências no Brasil também foi firmado. A meta é a troca de informações entre as instituições e agilizar prisões.
Em todo o País, o investimentos atinge R$ 240 milhões e incluem contratação de serviço de escolta armada e vigilantes e uso de rastreadores para veículos e encomendas. Em 2013, os Correios no Ceará distribuíram uma média diária de mais de 900 mil objetos postais, sendo que cerca de 97% dessa quantidade era de mensagens simples (cartas, faturas e telegramas).
Tensão
Apesar de o ECT não divulgar as estatísticas relacionadas ao assunto para "preservar os funcionários e a própria empresa", os carteiros relatam o dia a dia tenso. Um deles, que preferiu não se identificar, conta que, entre o fim de 2011 e maio do ano passado, sofreu quatro assaltos.
"O veículo em que trabalho teve as portas forçadas e vidros quebrados. Tive até que ir à Polícia Federal para prestar depoimento, o que constrange ainda mais a gente, vítima e não bandido", afirma. A ida dele à PF foi em razão da carga roubada ser valiosa. Das outras três vezes, ele registrou Boletim de Ocorrência (B.O.) na delegacia do bairro. As ações dos bandidos foram em pleno dia e em uma das áreas mais movimentadas da cidade, a Aldeota, nas proximidades de shoppings.
"Nem sei se é melhor ou pior trabalhar por aqui, porque ninguém nunca observa ninguém e nunca percebe um roubo em plena ação", frisa.
Atualmente, ele colocou alarme no veículo e se limita a deixar as encomendas nas portarias dos prédios ou na porta das residências. "Fico temeroso, porque tive colegas que foram sequestrados com a carga que transportava", comenta o carteiro, que tem 26 anos de atividade e reconhece que nunca enfrentou um período tão inseguro.
Internet
Para os Correios no Ceará, o aumento da violência contra carteiros também se deve ao incremento das vendas pela internet, com entrega das encomendas pela empresa. No entanto, diz que como qualquer outro serviço, estão sujeitos ao aumento da violência nos grandes centros e, por essa razão, têm investido em medidas preventivas de segurança.
LÊDA GONÇALVESREPÓRTER
CAMOCIM INFORMADOS
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