segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Ceará “Ninguém pode ter arrogância de impor seu próprio nome”, diz Eunício

"Ninguém pode ter arrogância de impor seu próprio nome", diz EunícioA possível candidatura do senador Eunício Oliveira (PMDB), ao Governo do Estado, fica mais evidente a cada dia. A dúvida até o momento – e que deve permanecer até a pré-convenção do PMDB, em abril – diz respeito apenas a postulação do peemedebista com, ou sem, o apoio do governador Cid Gomes (Pros).
Em entrevista ao jornal O Estado, Eunício mostrou-se animado e não escondeu o desejo de manter a aliança com o governador. “Se o Cid pudesse ser candidato ao governo, eu votaria nele”, disse o senador para, logo em seguida, alfinetar o aliado, caso seu nome não seja o indicado para a sucessão estadual. “Ninguém pode ter a arrogância e a prepotência de impor o próprio nome ou o nome de quem quer que seja”, disparou.
O senador também falou sobre a movimentação política no interior do Ceará; o possível rompimento da aliança com o grupo liderado pelos Ferreira Gomes; e o apoio do PMDB nacional para a disputa pelo Palácio da Abolição na eleição deste ano. Confira, abaixo, os principais trechos da entrevista.
Jornal O Estado – O senhor tem intensificado a agenda de visitas ao Ceará, com direito a encontros com prefeitos e lideranças políticas. O que significa essa “caminhada”?
Eunício Oliveira – Sempre foi hábito meu fazer encontros regionais de partido, prestar contas ao eleitor do meu mandato, buscar energia no sentimento da população. É uma rotina de agenda que eu sempre fiz. Mas é natural que, em um ano eleitoral como esse, respeitando a lei eleitoral com todo cuidado, eu obviamente, intensifique essas caminhadas, os encontros do partido e a discussão com as lideranças e as comunidades. O meu partido tem um projeto de poder, deseja ocupar a posição de Governo do Estado, quer fazer uma grande bancada de deputado federal e de deputado estadual. Eu, como presidente do partido, exerço também esse papel. Basicamente, a caminhada é nesse sentido. Se você me perguntar: “Você está construindo um caminho para o seu partido?”. Eu digo: “É verdade. É isso mesmo”.
OE – Então o senhor realmente pretende candidatar-se ao Governo do Estado?
Eunício – Meu partido tomou uma decisão de marcar uma pré-convenção em abril e fazer essas discussões estaduais. O objetivo é que a pré-convenção homologue, ou não, aquelas alianças que foram divergentes da base da aliança de apoio à presidente Dilma Rousseff (PT), porque nós vamos votar na Dilma. A gente tem trabalhado nessa definição. O PMDB quer tomar todas as decisões até o mês de abril.
OE – Como ficará sua relação com o governador Cid Gomes, caso ele indique outro nome para a postulação ao Palácio da Abolição?
Eunício – Se o Cid pudesse ser candidato a governador, eu votaria nele, até porque eu sou um dos cabeças do início desse projeto. Votei no governador Cid Gomes e estamos aliados desde 2006 e, se depender do PMDB, continuaremos aliados. Como ele não pode ser mais candidato, é a hora de sentar com os aliados que foram decentes, que têm currículo, que têm história, que têm condição de disputar o Governo, e escolher entre todos nós o melhor para gerir bem o Ceará.
OE – Está disposto a romper a aliança?
Eunício – Nós vamos sentar à mesa e decidir. Ninguém pode ter a arrogância e a prepotência de impor o próprio nome ou o nome de quem quer que seja. Somos aliança de vários partidos e devemos respeitar o direito de cada um. O PMDB topa formalizar critérios em cima de projetos para desenvolver o Estado.
OE – O PMDB nacional está pressionando, de alguma forma, a sua candidatura ao Governo?
Eunício – Eu tive o privilégio de receber da executiva nacional e do diretório do meu partido a escolha de o Ceará ser um dos cinco estados que o partido quer participar ativamente das eleições. Isso me honra muito. É o reconhecimento dos meus pares, da imprensa e da sociedade. Eu estou cumprindo o meu papel.
Com informações do jornal O Estado



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