A possível candidatura do senador Eunício Oliveira (PMDB), ao Governo do Estado, fica mais evidente a cada dia. A dúvida até o momento – e que deve permanecer até a pré-convenção do PMDB, em abril – diz respeito apenas a postulação do peemedebista com, ou sem, o apoio do governador Cid Gomes (Pros).
Em entrevista ao jornal O Estado, Eunício mostrou-se animado e não escondeu o desejo de manter a aliança com o governador. “Se o Cid pudesse ser candidato ao governo, eu votaria nele”, disse o senador para, logo em seguida, alfinetar o aliado, caso seu nome não seja o indicado para a sucessão estadual. “Ninguém pode ter a arrogância e a prepotência de impor o próprio nome ou o nome de quem quer que seja”, disparou.
O senador também falou sobre a movimentação política no interior do Ceará; o possível rompimento da aliança com o grupo liderado pelos Ferreira Gomes; e o apoio do PMDB nacional para a disputa pelo Palácio da Abolição na eleição deste ano. Confira, abaixo, os principais trechos da entrevista.
Jornal O Estado – O senhor tem intensificado a agenda de visitas ao Ceará, com direito a encontros com prefeitos e lideranças políticas. O que significa essa “caminhada”?
Eunício Oliveira – Sempre foi hábito meu fazer encontros regionais de partido, prestar contas ao eleitor do meu mandato, buscar energia no sentimento da população. É uma rotina de agenda que eu sempre fiz. Mas é natural que, em um ano eleitoral como esse, respeitando a lei eleitoral com todo cuidado, eu obviamente, intensifique essas caminhadas, os encontros do partido e a discussão com as lideranças e as comunidades. O meu partido tem um projeto de poder, deseja ocupar a posição de Governo do Estado, quer fazer uma grande bancada de deputado federal e de deputado estadual. Eu, como presidente do partido, exerço também esse papel. Basicamente, a caminhada é nesse sentido. Se você me perguntar: “Você está construindo um caminho para o seu partido?”. Eu digo: “É verdade. É isso mesmo”.
OE – Então o senhor realmente pretende candidatar-se ao Governo do Estado?
Eunício – Meu partido tomou uma decisão de marcar uma pré-convenção em abril e fazer essas discussões estaduais. O objetivo é que a pré-convenção homologue, ou não, aquelas alianças que foram divergentes da base da aliança de apoio à presidente Dilma Rousseff (PT), porque nós vamos votar na Dilma. A gente tem trabalhado nessa definição. O PMDB quer tomar todas as decisões até o mês de abril.
OE – Como ficará sua relação com o governador Cid Gomes, caso ele indique outro nome para a postulação ao Palácio da Abolição?
Eunício – Se o Cid pudesse ser candidato a governador, eu votaria nele, até porque eu sou um dos cabeças do início desse projeto. Votei no governador Cid Gomes e estamos aliados desde 2006 e, se depender do PMDB, continuaremos aliados. Como ele não pode ser mais candidato, é a hora de sentar com os aliados que foram decentes, que têm currículo, que têm história, que têm condição de disputar o Governo, e escolher entre todos nós o melhor para gerir bem o Ceará.
OE – Está disposto a romper a aliança?
Eunício – Nós vamos sentar à mesa e decidir. Ninguém pode ter a arrogância e a prepotência de impor o próprio nome ou o nome de quem quer que seja. Somos aliança de vários partidos e devemos respeitar o direito de cada um. O PMDB topa formalizar critérios em cima de projetos para desenvolver o Estado.
OE – O PMDB nacional está pressionando, de alguma forma, a sua candidatura ao Governo?
Eunício – Eu tive o privilégio de receber da executiva nacional e do diretório do meu partido a escolha de o Ceará ser um dos cinco estados que o partido quer participar ativamente das eleições. Isso me honra muito. É o reconhecimento dos meus pares, da imprensa e da sociedade. Eu estou cumprindo o meu papel.
Com informações do jornal O Estado
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