Os eleitores suíços foram às urnas no último domingo (18) para votar uma proposta de salário mínimo para o país. Caso fosse aprovado, o valor de R$ 9.970 (ou 4 mil francos suíços) seria o maior salário mínimo do mundo.
A proposta foi rejeitada por 76% dos eleitores. De acordo com a BBC, os defensores da proposta, como sindicatos e partidos de esquerda, consideravam a medida necessária para as pessoas terem uma vida digna, mas os críticos argumentam que esse valoraumentaria os custos de produção e o desemprego.
Segundo a BBC de Londres, as pequenas empresas, em especial os agricultores suíços, estavam preocupados em ter que pagar 4 mil francos por mês para os seus empregados. Segundo eles, isso encareceria muito seus produtos e os colocaria fora do mercado.
O valor que havia sido proposto era mais que o dobro da remuneração mínima de Luxemburgo (US$ 10,65 por hora), que atualmente é a maior do mundo. Também figuram como as remunerações mais caras a da França (US$ 10,63 por hora) e da Austrália (US$ 10,21 por hora).
No Brasil, o mínimo mensal de R$ 724 corresponde a R$ 3,29 por hora (US$ 1,48).
Dados do governo da Suíça indicam que apenas 9% da população economicamente ativa, ou seja, 330 mil suíços, recebem salário mensal inferior a 4 mil francos. Os trabalhadores com baixos salários da Suíça, em sua maioria, são mulheres e operam no setor de serviços, em hotéis e restaurantes.
Custo de Vida
“A grande questão na Suíça é o custo de vida, que é muito alto. Estima-se que o mínimo rendimento para uma vida decente no país seja de 3,8 mil francos suíços”, explicou, em entrevista à BBC Brasil, o economista brasileiro Guilherme Suedekum, que cursa mestrado em Estudos de Desenvolvimento Econômico no Graduate Institute, em Genebra.
A Suíça é um dos países mais ricos da Europa e do Mundo, e resistiu, sem grandes prejuízos, àcrise econômica que está atingindo a Europa desde 2010. Acredita-se que grande parte do feito deve-se ao setor bancário, o mais lucrativo da Suíça.
Diário do Nordeste
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