Vereadores de Baturité, a 100km de Fortaleza, aprovaram agora há pouco novo afastamento do prefeito Bosco Cigano (Pros) do cargo. A suspensão do mandato do prefeito ocorreu em sessão turbulenta da Câmara Municipal, com presença de integrantes da União dos Vereadores do Ceará (UVC). Em meio aos embates, o presidente da Casa, Jorge Reinaldo, abandonou a sessão.
Segundo vereadores, afastamento ocorre pois o prefeito estaria “intervindo” em instalação de CPI que busca investigar irregularidades na Prefeitura– denunciadas em relatório do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) em março deste ano. Em meio a protestos da população, Bosco Cigano já havia sido afastado pela Câmara em fevereiro, mas retornou ao cargo quatro dias depois por decisão da Justiça.
Segundo a vice-prefeita do Município, Cristiane Braga (PT), vereadores já tentavam afastar novamente o prefeito desde março. Eles vinham sendo impedidos pelo presidente da Câmara, que derrubava as sessões sempre que se tentava votar o pedido. “Hoje, com a presença do presidente da UVC, Audic Mota, ele não derrubou. Aí sessão da sessão”, diz.
“Armação”
A assessoria de imprensa da Prefeitura de Baturité afirma que ainda não “considera” o prefeito como afastado em definitivo. Isso porque, apesar da aprovação do pedido de afastamento, ainda não foram concluídos os procedimentos de protocolo da Câmara. “Não foi nada oficializado, e o prefeito está lá recorrendo”, diz a assessoria. Sessão que votou o pedido ocorreu às 11h30 desta segunda.
Negando denúncias de corrupção, a Prefeitura afirma que irá recorrer novamente à Justiça. A gestão afirma ainda que afastamento é “armação” da vice-prefeita do Município, que estaria “cooptando” vereadores para “tomar” a cidade. A vice-prefeita nega acusações e afirma ainda que irá pedir suspeição de juízes ligados ao ex-prefeito na região.
Redação O POVO Online
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