A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo (SRTE/SP)
divulgou o resultado da operação que resgatou seis trabalhadores que viviam em
situação análoga a de escravos trabalhando para a grife M.Officer.
Os auditores fiscais da SRTE/SP flagraram jornadas exaustivas, péssimas
condições de alimentação, risco de incêndio e de explosão, entre outras
condições degradantes na oficina onde eles trabalhavam na Zona Leste da capital
paulista. Segundo o superintendente Luiz Antonio Medeiros, durante a operação
foram encontrados trabalhadores de origem boliviana que cumpriam jornadas de 7h
até às 23h e recebiam valores que variavam entre R$500 e R$700 por mês de
trabalho.
“É a segunda vez que a M.Officer é pega nessa situação em apenas seis
meses. Isso mostra que é uma prática constante da empresa”, disse Medeiros. O
auditor fiscal do trabalho, Luiz Alexandre Farias, que participou dos resgates,
disse que os bolivianos se encontravam em situação de moradia e alimentação
subumanas. “Eles acordavam e dormiam costurando e tinham uma alimentação de
baixa qualidade nutricional.
A oficina foi interditada”, afirmou. A M.Officer sofreu um bloqueio de
bens no valor de R$158 mil para o pagamento de verbas rescisórias e por danos
morais. Cada trabalhador deve receber indenizações no valor de R$ 26 mil.
A operação contou também com a participação da Defensoria Pública da
União, Receita Federal, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) 2° Região, do
Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Comissão de Trabalho Escravo da
Assembléia Legislativa de São Paulo.
CAMOCIM INFORMADOS
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