segunda-feira, 29 de julho de 2013

CEARÁ

Educação: 83% dos municípios no Ceará ainda têm indicadores classificados como 'baixo' ou 'muito baixo'

Apenas 30 cidades apresentaram indicadores considerados como 'médio'


O indicador de educação no Ceará presente no Índice do Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) cresceu 201% entre 1991 e 2010, levando o Estado a ocupar o 1º lugar no ranking do Nordeste, com 0,615. Apesar do avanço, 83% dos municípios cearenses ainda apresentam índices classificados como "baixo" ou "muito baixo". 

Índice é composto por três variáveis (educação, renda e longevidade) FOTO: TUNO VIEIRA
Em 1991, o indicador media 0,204. Enquanto em 2010, esse número saltou para 0,615. No Ceará, 154 cidades apresentaram índices menores que 0,600. Os municípios que não alcançam esse valor são considerados como "baixo" ou "muito baixo".
No topo da lista, está Fortaleza, com 0,695. Ou seja, considerando apenas a educação, nenhum município cearense foi classificado como "alto", com índice acima de 0,700.
Os dados constam no Atlas do Desenvolvimento Humano Brasil 2013, elaborado a partir de parceria do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Fundação João Pinheiro, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud); e divulgado nesta segunda-feira (29).
Inspirado no IDH global, publicado anualmente pelo  Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), esse índice é composto por três variáveis (educação, renda e longevidade) e o desempenho de uma determinada localidade é melhor quanto mais próximo o indicador for do número um.
Números do Ceará seguem tendência nacional
Embora seja o componente com pior marcação no Brasil, foi na educação que mais houve avanço nas duas últimas décadas, ressaltaram os pesquisadores. Em 1991, a educação tinha um IDHM 0,279, o que representa um salto de 128% se comparado à pontuação de 2010.
"Saímos de um patamar muito baixo e isso mostra o esforço que o País fez na área", avaliou Marco Aurélio Costa, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), um dos parceiros na realização do estudo. "A gente ainda não está bem, o IDHM educação é o que menos contribuiu e onde temos os maiores desafios para superar", concluiu.

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