sexta-feira, 14 de junho de 2013

MILITAR NO FORTALEZA APAVORADA? SIM!

O Comando o demitiu, mas a tropa não. O presidente da ACSMCE - por enquanto civil - Flávio Sabino, participou da caminhada Fortaleza Apavorada com dois objetivos: representar todos os profissionais de segurança que não puderam ir ao evento, com medo de sofrer retaliações, assim como protestar, enquanto cidadão e conhecedor das falhas da segurança pública, junto à sociedade civil.

O apelo dos manifestantes, estimados em cerca de 6 mil, vem ao encontro dos movimentos reivindicatórios dos militares na internet, na política e no dia a dia das ruas. O crescimento vertiginoso dos homicídios, assaltos e violência sexual resultou na culminância da manifestação no período em que poder público se concentra nos preparativos do evento privado da Fifa - A Copa das Confederações.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social, 7 mil homens e mulheres farão o esquema de segurança, conforme entrevista coletiva concedida nesta manhã. O presidente da Associação dos Cabos e Soldados Militares do Estado do Ceará, Flávio Sabino, lembrou o protesto silencioso de parte destes profissionais, alojados no prédio desocupado da Capitania dos Portos – antigo 8º BPM.

Sem assistência básica ao transporte, alimentos e diárias, o governo trata seus servidores bem aquém do que vem recepcionando os militares da Força Nacional, alojados na Aesp, com direito a quartos com banheiro limpos, diárias triplicadas em comparação ao policial militar, ônibus da corporação para o transporte dos militares para os locais escalados.

Sargento vindo do interior comentou a situação: “Nós que tamo aqui, somos da terra, não tamo tendo nenhuma consideração, como é que a gente fica empolgado em trabalhar num negócio desses? Sendo tratado pior de que bicho?” Sabino esteve presente ao Fortaleza Apavorada para fazer questão que no protesto vozes como estas dos nossos policiais fossem ouvidas e demonstrassem a POLÍCIA APAVORADA de hoje no Ceará.