A primeira passagem sobre o Brasil era prevista para as 10 horas deste domingo. Com duas toneladas e equipado com quatro câmeras, o satélite dará catorze voltas no planeta por dia.
Em baixa resolução, ele faz imagens da Terra em cinco dias - em média resolução, esse tempo é 26 dias, e em alta, 52 dias. O projeto do satélite foi capitaneado no Brasil pelo Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe).
Participaram do lançamento em Taiyuan, a cerca de 700 quilômetros de Pequim, o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Clelio Campolina Diniz, o diretor do Inpe, Leonel Perondi, e o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo Coelho, segundo um comunicado da instituição.
O CBERS-4 foi projetado para fotografar, rastrear e registrar atividades agrícolas, desmatamento das florestas, mudanças na vegetação, variações nos recursos hídricos e expansão urbana. O satélite possui quatro câmeras, sendo uma delas, a MUX (Imageador de Média Resolução), a primeira câmera para satélite inteiramente desenvolvida e produzida no Brasil. com uma resolução muito superior à dos satélites anteriores, .
O lançamento do satélite é o de número 200 da China (188 com sucesso), segundo a agência oficial Xinhua, que também informa sobre o lançamento. Sob o marco do CBERS (siglas da China-Brazil Earth Resources Satellite), um projeto de cooperação especial com duas décadas de história, Brasil e China desenvolveram e lançaram anteriormente os satélites CBERS-1 (aposetado em 2003), CBERS-2 e CBERS-2B (aposentado em 2010), e CBERS-3 em 2013. Os dois países já planejam a fase seguinte, o CBERS-4B, que será posto em órbita em 2016.
A cooperação com o Brasil em ciência inscreve-se no interesse da China por impulsionar seu programa espacial e demonstrar que pode competir com potências tecnológicas tradicionais após décadas de subdesenvolvimento e isolamento internacional.
(Com agência EFE e Agência Brasil)
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