China afirma que prática vai acabar a partir do ano que vem (Digital Vision/Thinkstock/Thinkstock) |
Os presos chineses condenados à morte são responsáveis por dois terços dos transplantes realizados na China. Anualmente, a China é o país que mais executa prisioneiros. Em 2013, pelo menos 2.400 pessoas foram sentenciadas à morte, de acordo com a ONG Dui Hua. O número de execuções levadas a cabo não é divulgado pelo governo chinês. Com uma tradição de poucas doações voluntárias, o país vem recorrendo há anos aos prisioneiros para contornar a escassez de órgãos. O comitê de doações estima que a cada ano 300.000 pacientes entrem na fila de transplantes, mas só 10.000 chegam a receber um órgão. Só 1.500 transplantes foram considerados "voluntários" ao longo de 2014, segundo o comitê. De acordo com a rede BBC, muitos chineses desconfiam da doação de órgãos por questões religiosas e por medo de que as doações sejam desviadas por funcionários corruptos. Com a maior população do mundo, a China tem uma taxa de doação de apenas 0.6 por grupo de 1 milhão de pessoas. Na Espanha, por exemplo, a taxa é 37 por 1 milhão. Grupos como a Anistia Internacional saudaram o anúncio do governo chinês, mas advertiram que o processo de doações precisa ser mais transparente. Alguns grupos também reagiram com cautela por não ser a primeira vez que as autoridades lançam um plano semelhante.
Em novembro do ano passado, a China já havia anunciado que pretendia parar de extrair órgãos de prisioneiros, mas a prática continuou ao longo de 2014. Apesar disso, Huang Jiefu anunciou que pelo menos 40 centros de transplantes, muitos deles nas maiores cidades da China, extinguiram a prática.
Fonte: Veja
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