quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

CAPITÃO WAGNER DIZ QUE A TENSÃO DA PM-CE COM O GOVERNO SÓ ZERA SE CAMILO TROCAR SECRETÁRIO DE SEGURANÇA

Capitão Wagner, principal representante da classe policial após a greve da Polícia, em 2012, elogiou o discurso de Camilo Santana de que abrirá o diálogo com a categoria, mas pediu ações e mudança de secretário
Cid e Wagner mantiveram relação conflituosa nos últimos anos

O deputado eleito Capitão Wagner Sousa (PR) disse, ontem, ao O POVO, que a relação conflituosa entre Polícia e Governo do Estado só estará “zerada” com a saída do atual secretário de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), Servilho Paiva, e com as atitudes do sucessor do governador Cid Gomes (Pros), Camilo Santana (PT).

Em entrevista ao O POVO, na última terça-feira, 9, Cid disse que o petista não poderá ser responsabilizado nem deverá absorver as sequelas da tensão que marcou o relacionamento entre Governo e Polícia nos últimos três anos. “Não há nada que ele (Camilo), pessoalmente, tenha tido participação. Portanto, ele começa com o clima zerado”, ponderou Cid.

Em contraposição, o atual vereador Capitão Wagner disse ficar feliz “com o reconhecimento do governador de que foi um dos principais causadores de tensionamento entre o Governo e os profissionais da segurança”. Para Wagner, Cid “está sendo coerente em confessar que é o responsável”.

Sobre suas ações, o governador afirmou que, por dever, determinou a abertura de sindicâncias, com a exclusão e militares dos quadros da Polícia Militar, como o também eleito deputado, Cabo Sabino (PR). “Imagino que eles devem ter ódio por conta disso, mas é uma imposição de quem está com essas responsabilidades”, defendeu Cid.

Wagner ressaltou que a expectativa é de que o novo governador, além do discurso de que abrirá o diálogo com as polícias, avance em ações práticas e escute as demandas e sugestões dos policiais.

IndicaçõesO deputado ponderou que a categoria está “preocupada” com a definição do novo gestor da SSPDS e do comando da Polícia Militar. Ele frisou que, nos bastidores, as informações são de que Servilho possa permanecer no cargo, apesar de referências ao eleito deputado federal Moroni Torgan (DEM) como possível nome indicado.

“A gente fica preocupado com a permanência do secretário porque ele encarna justamente esse acirramento de ânimos do Cid com a categoria. A gente não consegue zerar o problema se permanece o secretário que foi o responsável pela abertura de processos indevidos e por demitir ilegalmente vários companheiros de farda”, afirmou Wagner.

Questionado se o nome de Moroni seria melhor recebido, ele ressaltou a experiência anterior do deputado com a SSPDS, mas destacou que o importante é ser alguém que tenha um perfil de diálogo com diversos setores da sociedade.

SERVIÇO

Secretaria de SegurançaOnde: Av. Bezerra de Menezes, 581 - São Gerardo


Fonte: Jornal O Povo

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