O técnico da seleção italiana, Cesare Prandelli, brincou ao tentar explicar o fato de o polêmico atacante Balotelli ter sido o único atleta da delegação a ter burlado a orientação para ninguém sair do hotel em Salvador em função dos protestos.
técnico da seleção italiana, Cesare Prandelli, brincou ao tentar explicar o fato de o polêmico atacante Balotelli ter sido o único atleta da delegação a ter burlado a orientação para ninguém sair do hotel em Salvador em função dos protestos.
Nesta sexta-feira, em entrevista coletiva, o técnico admitiu que a delegação está preocupada com os manifestos e que a ordem é que ninguém saia do hotel, ao contrário do que os jogadores e familiares fizeram nas passagens por Rio de Janeiro e Recife.
Nesta sexta pela manhã, Balotelli resolveu "desafiar" a tensão vivida no Brasil e saiu para caminhar pelas ruas de Salvador com camisa aberta e correntes e pulseiras de ouro totalmente à mostra.
Balotelli causou furor nos fãs que o encontravam e por diversos momentos parou o trânsito. Era seguido por três policiais e tirou várias fotos. Questionado sobre o perigo do momento turbulento no Brasil, ele disse : "Não tenho medo".
Questionado, Prandelli respondeu como se o jogador tivesse feito uma visita ao projeto social que tem em Salvador para crianças carentes. Disse que o jogador fez o pedido para sair como se esse fosse o destino. Por isso, antes da resposta, o técnico fez a brincadeira.
"Balotelli tem a cor da pele e não é reconhecido como italiano, não tem problema. Não se passaria por italiano. Foi porque tem uma cor diferente dos outros", brincou, para depois se explicar. "É bom que vocês tenham perguntado isso de novo, eu fiz uma brincadeira. Ele [Balotelli] disse ´eu tenho essa cor, vou com essas crianças na minha associação´. Ele fez uma coisa bela, não é que ia fazer um passeio", falou.
"Eu penso que todas as pessoas que dedicam tempo a outros melhora, seja jogador seja pessoa normal, talvez jogador até mais, percebe a sorte que teve, vê pessoas que têm muitos problemas, isso pode ajudar muitos jogadores a crescer com senso de responsabilidade", continuou.
Chegou a ser especulado que a seleção italiana teria manifestado interesse à Fifa em deixar o Brasil em função da insegurança pelos protestos realizados no país.
O técnico negou, no entanto, que o time pense em voltar pra casa, como foi especulado. Na madrugada desta sexta, por meio de sua assessoria de imprensa, a seleção italiana havia negado ao UOL Esporte os rumores de que poderia deixar o país.
"Voltar pra casa? Não nos passa pela cabeça. A situação mudou e não pudemos visitar a cidade por esses problemas. Aqui nos proibiram de sair do hotel. Mas voltar pra casa, de forma alguma", falou.
"Falamos obre isso alguns dia atrás sobre manifestações que podem melhorar o país são bem-vindas, agora estamos preocupados porque é difícil de controlar quem não quer fazer manifestação de maneira civil. Passou pra um milhão de pessoas e isso preocupa."
Passeio
Para mostrar que a tranquilidade não ficava apenas no discurso, o atacante não escondeu suas joias e caminhou com anel, corrente e pulseiras de ouro expostos.
O atacante foi acompanhado por um amigo pessoal brasileiro e por cerca de três policiais. Um carro da PM também seguiu o italiano, que parecia não se importar com a movimentação.
O passeio terminou após aproximadamente meia hora de caminhada. E o atacante, mais uma vez, ignorou a imprensa e não quis dar entrevistas. O jogador voltou do percurso dentro de um carro da polícia.
Opinião.
Essa declaração deste treinador, espero que tenha sido uma tropeçada de palavras e não um sinal de racismo que é tão presente entre muito europeus.
Fonte
Uol.com.br
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