domingo, 23 de junho de 2013


Mensalão

O ex-governador José Roberto Arruda (ex-DEM).
O juiz Álvaro Ciarlini, da 2ª Vara de Fazenda Pública do Distrito Federal, condenou na sexta-feira (21) dois deputados distritais acusados de participação no mensalão do ex-governador José Roberto Arruda (ex-DEM). Aylton Gomes (PR) e Rôney Nemer (PMDB) foram condenados a pagar mais de R$ 2 milhões, cada, para ressarcir os cofres públicos dos prejuízos apontados pela Justiça.
Desse total, R$ 1 milhão foi estipulado pelo juiz para indenizar a população brasiliense por danos morais, pelos constrangimentos causados com as revelações da Operação Caixa de Pandora, que derrubou o ex-governador e o seu então vice, Paulo Octávio.
Comprovado
Para o magistrado, ficou comprovado que os dois distritais receberam mesada do Executivo, entre 2007 e 2009, em troca de apoio na Câmara Legislativa. Aylton e Rôney também foram condenados à suspensão dos direitos políticos e impedidos de firmar contrato com o poder público pelo período de dez anos, informa o Correio Braziliense. Segundo o jornal, esses são os dois primeiros deputados no exercício do mandato condenados por participarem do mensalão do governo Arruda. Cabe recurso contra a decisão.
Apurado
Até agora, Álvaro Ciarlini já condenou três ex-deputados distritais: Eurides Brito (PMDB), Júnior Brunelli (sem partido) e Rogério Ulysses (sem partido). De acordo com o jornal, eles estão com os bens bloqueados preventivamente há dois anos como forma de garantir que as punições da Justiça sejam cumpridas. Ainda respondem a ações semelhantes de improbidade administrativa o ex-presidente da Câmara Legislativa Leonardo Prudente (sem partido) e o deputado distrital Benedito Domingos (PP).
Inocentes
Aylton Gomes e Rôney Nemer alegam inocência. “Acredito que, no Tribunal de Justiça, vão compreender a verdade. A principal testemunha do caso (Durval) me inocentou. Disse que nunca ouviu falar que eu tenha recebido dinheiro. Se ele é o delator, se tudo o que ele diz consideram verdade, deveriam ter levado isso em conta”, afirmo Rôney ao Correio. Aylton alega que seu nome foi utilizado indevidamente em uma conversa de terceiros e que jamais recebeu propina.
Com informações do Congresso em Foco

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