Economia brasileira cresceu 1,50% em julho sobre o mês anterior, melhor resultado em seis anos, desde junho de 2008, e acima do esperado, segundo dados do Banco Central divulgados nesta sexta-feira 12; Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB, mostrou que a atividade voltou a crescer após duas quedas mensais seguidas é dá sinal de recuperação no início do terceiro trimestre
12 de Setembro de 2014
SÃO PAULO (Reuters) - A economia brasileira cresceu 1,50 por cento em julho sobre o mês anterior, indicou o Banco Central nesta sexta-feira, melhor resultado em seis anos e acima do esperado, um sinal de que a atividade pode ter começado o terceiro trimestre em recuperação.
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), mostrou que a atividade voltou a crescer após duas quedas mensais seguidas. O resultado de julho passado foi o melhor desde junho de 2008, quando a expansão foi de 3,32 por cento, antes do auge da crise internacional.
Em junho, o indicador havia mostrado contração de 1,51 por cento sobre maio em dados dessazonalizados revisados pelo BC. Anteriormente, havia sido divulgado queda de 1,48 por cento em junho.
O resultado de agora foi também bem melhor que o esperado em pesquisa da Reuters, cuja mediana de 21 projeções apontava alta de 0,80 por cento em julho.
Na comparação com julho de 2013, o IBC-Br recuou 0,31 por cento e acumula alta de 1,14 por cento em 12 meses, ainda segundo dados dessazonalizados.
A economia brasileira entrou em recessão no primeiro semestre, afetada sobretudo pela indústria e pelos investimentos em queda. O cenário de atividade fraca vem junto com o de inflação ainda elevada, num momento em que a presidente Dilma Rousseff (PT) tenta a reeleição.
Em julho, a produção industrial havia avançado 0,7 por cento frente a junho após cinco meses de queda, ainda que os dados tenham sido encarados com cautela por agentes econômicos, que ainda não estavam convencidos na tendência de recuperação.
No mesmo período, no entanto, as vendas no varejo recuaram 1,1 por cento, muito pior do que o esperado, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O IBC-Br incorpora estimativas para a produção nos três setores básicos da economia: serviços, indústria e agropecuária, assim como os impostos sobre os produtos.
Por Camila Moreira | Brasil 247
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