Pesquisas falsas de intenção de votos estão sendo divulgadas no interior do Estado e até na Câmara Municipal de Fortaleza. Os institutos aos quais são atribuídos os resultados condenam a prática. A Justiça Eleitoral adverte que os verdadeiros autores pode

com
Para esclarecer a situação, o Ibope enviou na última terça-feira nota à imprensa afirmando que ainda não realizou nenhuma pesquisa em Chorozinho e Guaraciaba do Norte. De acordo com a assessoria do instituto, os resultados de todas as pesquisas realizadas "são entregues aos clientes em formato PDF e os percentuais de intenção de voto não contêm casas decimais". A veracidade de cada pesquisa pode ser conferida na Justiça Eleitoral e no site do instituto.
No caso de Varjota, a pesquisa falsa divulgada através de panfletos traz a logomarca da empresa Ceará Pesquisa de Campo. Segundo o gerente Felipe Merabeau Pereira, é a 1ª vez que a empresa é vítima de uma ação como essa. Ele conta que a falsa pesquisa teria sido realizada entre os dias 1º e 3 de setembro e ouvido 400 moradores. "Umas 50 pessoas me ligaram para falar sobre essa pesquisa maluca", relata Felipe, informando ainda que a empresa, este ano, só está trabalhando com pesquisas políticas qualitativas, e não quantitativas, como a que circula em Varjota, e que já protocolou denúncia no cartório eleitoral de Reriutaba, zona que inclui o município de Varjota.
Vereadores da Capital
Pesquisas falsas também andam tomando a atenção dos vereadores de Fortaleza que tentam se reeleger. Há duas semanas apareceram duas delas: uma seria atribuída ao instituto Datafolha e a outra ao Vox Populi. A 1ª, sem número de registro, trazia lista dos 50 candidatos mais citados por 2.516 supostos entrevistados em 89 bairros da cidade. Já a 2ª teria sido realizada nos terminais de ônibus entre os dias 24 e 26 de agosto, e ouvido 1.480 pessoas. A relação do Vox Populi continha os 82 candidatos melhores colocados e usava o número de registro de uma pesquisa de intenção de votos feita apenas para prefeito.
Apesar de a maioria dos vereadores fazerem questão de dar uma olhada nas pesquisas, todos afirmam não ser possível confiar nelas, devido à pulverização dos votos em cada bairro. Eles atribuem estas pesquisas a candidatos que querem tirar vantagem. Os dois institutos prometeram tomar providências para tornar públicas as fraudes.
FRAUDES IDENTIFICADAS
Chorozinho e Guaraciaba do Norte: pesquisas falsas utilizam o nome do Ibope
Varjota: pesquisa forjada utilizou o nome da empresa Ceará Pesquisa de Campo
Fortaleza: as pesquisas falsas para as eleições proporcionais utilizaram os nomes dos institutos Datafolha e Vox Populi
Varjota: pesquisa forjada utilizou o nome da empresa Ceará Pesquisa de Campo
Fortaleza: as pesquisas falsas para as eleições proporcionais utilizaram os nomes dos institutos Datafolha e Vox Populi
Consulta falsa leva à prisão
O coordenador do Centro de Apoio do Ministério Público Eleitoral, Emmanuel Roberto Girão, afirma que a realização de pesquisa fraudulenta é considerada crime eleitoral e pode levar à condenação de seis meses a um ano de prisão, além de multa no valor de 50 mil a 100 mil Ufirs - que equivale hoje a aproximadamente R$ 106 mil reais.
No caso de enquetes que são divulgadas sem o esclarecimento de que não se tratam de pesquisas, o coordenador expõe que também há previsão de multa, no mesmo valor dos casos de pesquisas falsas, mas o autor não vai preso. "A enquete não é realizada de forma científica, não trabalha com amostragens", explica. Para as pesquisas que são distribuídas sem o número de registro, também há a aplicação de multa no mesmo valor das duas situações anteriores.
Com informações do Portal Vermelho
CAMOCIM INFORMADOS
Nenhum comentário:
Postar um comentário