quarta-feira, 17 de setembro de 2014

DEBATE CANDIDATOS APOIAM REFORMA POLÍTICA

NA SABATINA, A MAIORIA DOS PRESIDENCIÁVEIS DEFENDEU O FINANCIAMENTO PRIVADO DE CAMPANHA

debate
A Confederação Nacional dos Bispos do Brasil reuniu,
 na noite de ontem, os oito candidatos 
à Presidência da República em Aparecida
FUTURA PRESS
São Paulo. Os candidatos à Presidência defenderam, na noite de ontem, em Aparecida, no debate da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a reforma política. A maioria deles se colocou contra o financiamento privado de campanhas.
Os oito presidenciáveis presentes tiveram dois minutos cada para responder à pergunta feita pela presidência da CNBB sobre esse tema. O candidato José Maria Eymael (PSDC), que foi o primeiro a responder por determinação de sorteio, usou o tempo para se apresentar e não comentou o assunto apresentado. 
Aécio Neves (PSDB) disse que política e ética precisam ser compatíveis e que a reforma política é a mãe de todas as reformas. O tucano defendeu uma reforma que o institua voto distrital misto e o fim da reeleição, com mandatos de cinco anos para todos os detentores de cargos públicos. “Isso cria condições de maior isonomia”, justificou. “No meu governo, a reforma política começa no primeiro dia”.
A candidata do PSB, Marina Silva, afirmou que “boa parte das instituições políticas não nos representa” e citou as manifestações de junho de 2013. “Fizemos questão de tratar desse tema em nosso programa, não como proposta pronta e acabada, mas para que seja capaz de ajudar o processo político e que volte a fazer uma ligação entre representantes e representados”, disse a pessebista, que defendeu também o financiamento público de campanha.
Dilma Rousseff (PT) colocou-se a favor do fim do financiamento empresarial das campanhas, participação proporcional de homens e mulheres, voto em lista partidária em dois turnos e o fim das coligações proporcionais. Segundo ela, é preciso uma reforma política baseada na participação popular por meio de plebiscito. “A reforma tem que renovar os partidos políticos. Quando os partidos não existem, os poderosos mandam por trás das cenas e isso é caminho para a ditadura”.
Eduardo Jorge (PV) e Luciana Genro (PSOL), disseram concordar com o fim do financiamento de empresas. Levy Fidélix (PRTB) e Pastor Everaldo (PSC) defenderam o voto facultativo.
A Comissão de Defesa da Vida da Regional Sul da CNBB aprovou, ontem, um texto com críticas sobre as posições de Dilma e Marina acerca da liberalização do aborto. A Confederação disse que a petista teve uma postura “sombria” e criticou o fato de a pessebista defender um plebiscito sobre o tema. 
FONTE: DN
CAMOCIM INFORMADOS

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