Caso as reivindicações salariais do Comando Nacional dos Bancários não sejam atendidas até o fim do mês, a categoria deve entrar em greve a partir do dia 30.
De acordo com a presidenta do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e região, Juvandia Moreira, mesmo com as sete rodadas de negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), empresários e trabalhadores ainda não conseguiram chegar a um acordo.
Os bancos apresentaram proposta de 7% de reajuste salarial – para inflação de 6,35% – e de 7,5% de aumento no piso. Os bancários, no entanto, consideraram a oferta insuficiente e seguem com o pedido de reajuste de 12,5%. “Só os seis maiores bancos tiveram um crescimento em seu lucro na ordem de 16,5%. Eles estão lucrando mais do que lucraram ano passado e o aumento real que estão propondo é de 0,6%.
Para nós, esse é um aumento real bem aquém do que eles podem pagar”, argumenta Juvandia. Além do reajuste salarial, a categoria também pede aumento do valor de vale-refeição, vale-alimentação e de auxílio creche-babá.
A presidenta do Sindicato dos Bancários ainda destaca que a pressão por resultados e a cobrança de metas abusivas por parte dos bancos têm provocado grande adoecimento dos trabalhadores e, por isso, esse é outro item da pauta de negociações.
A demissão de funcionários em bancos privados também tem preocupado a categoria. Uma das propostas trabalhistas é garantir estabilidade de emprego e reduzir a rotatividade de bancários em agências e cargos. “A campanha nos ajuda a resolver esse problema, mas também auxilia os clientes, porque, com mais trabalhadores na agência, o atendimento é melhor”, afirma.
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