MÉDICOS CUBANOS SÃO HOSTILIZADOS
Ministro: ´atitude foi truculenta´
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lamentou a postura dos médicos de Fortaleza que vaiaram os médicos cubanos. "Foram atitudes truculentas, incitaram o preconceito e a xenofobia", disse Padilha, que visitou ontem o líder do PR no Senado, Antonio Carlos Rodrigues (SP), para pedir apoio à medida provisória do Mais Médicos.
Jornalista de Natal criticou a aparência dos profissionais cubanos em comentário em uma rede social e foi alvo da indignação dos internautas
"Eles (os médicos de Fortaleza) participaram de um verdadeiro corredor polonês da xenofobia, atacando médicos que vieram de outros países para atender a população apenas naqueles municípios onde nenhum profissional quis fazer atendimento", disse o ministro.
Ele afirmou que o governo vai insistir no programa, tirando dele qualquer conotação ideológica e partidária. "Até porque o primeiro governo a buscar médicos em Cuba para atender no Brasil foi o governo do PSDB. Fernando Henrique era o presidente da República e o governador de Tocantins (Siqueira Campos, hoje no PSDB, que trouxe os médicos) era do PFL".
Segundo Padilha, o governo recebeu apelos de todos os prefeitos, de partidos do País todo por médicos que possam trabalhar em seus municípios.
Padilha disse ainda que o governo apresentará ao Tribunal de Contas da União (TCU) todos os documentos que forem pedidos para esclarecer a situação legal do Mais Médicos. Quanto à situação trabalhista dos cubanos, ele disse que em 701 municípios do País nenhum médico se propôs a lá trabalhar, seja brasileiro ou estrangeiro. Então, disse o ministro, o governo recorreu à Organização Panamericana de Saúde, que ficará responsável pelos contratos.
Destaque
O caso repercutiu nas redes sociais durante todo o dia de ontem. O vídeo da TV DN, que mostrava o protesto dos médicos, publicado no site do Diário do Nordeste, teve 30 mil visualizações até o fechamento desta edição. A maioria dos internautas repreendeu a atitude dos manifestantes.
Houve também quem se pronunciasse contra a vinda dos estrangeiros. Por exemplo, a jornalista de Natal (RN) Micheline Borges questionou em sua página na rede social Facebook a formação das médicas cubanas, por conta da sua aparência física que, segundo ela, "parecem empregadas domésticas". O comentário foi duramente criticado e a jornalista, após pedir desculpas pelo "erro", fechou o seu perfil.
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FONTE: DIÁRIO DO NORDESTE
CAMOCIM INFORMADOS
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