domingo, 23 de junho de 2013

Preços também perdem força no índice nacional


Resultado ficou ligeiramente acima da expectativa de 28 analistas de mercado consultados

São Paulo. O IPCA-15 nacional também apresentou desaceleração na comparação de junho com maio, caindo de 0,46% para 0,38, segundo o IBGE. Os remédios e os alimentos foram os setores que mais contribuíram.

O avanço nos preços dos remédios foi de 0,65% em junho, contra 2,94% em maio, o que levou a alta do segmento de saúde e cuidados pessoais a cair para 0,72%, ante 1,30% no mês anterior. Ainda assim, o grupo de saúde liderou as altas no mês, emparelhado com o grupo de vestuário. O aumento dos preços dos remédios é consequência do reajuste vigente desde 4 de abril, que fez com que o segmento registrasse alta de 4,85% no primeiro semestre.

O avanço nos preços dos remédios foi de 0,65% em junho, contra 2,94% em maio, o que levou a alta no segmento de saúde FOTO: JL ROSA

Já os alimentos tiveram aumento de 0,27%, após um avanço de 0,47% em maio. Itens como açaí (-12,43%), cebola (-6,01%), tomate (-5,02%), óleo de soja (-3,69%), frango inteiro (-3,45%), tiveram reduções de preços em junho.

A maior pressão para baixo no índice, porém, foi exercida pelo recuo nos preços da gasolina, que caíram 0,93% em junho contra queda de 0,36% em maio, e do etanol, que teve queda de 4,40% contra alta de 0,38% no mês anterior.

Transportes
Com o reajuste nos preços do transporte urbano, o grupo do transportes apresentou alta de 0,10% em junho, ante queda de 0,03% em maio. Os ônibus urbanos lideraram os maiores impactos, com aumento de 1,83% ante queda de 0,43% em maio. O anúncio da redução das tarifas em várias cidades, no entanto, deve ter impacto sobre o índice oficial da inflação em junho e julho. Também pressionaram o grupo dos transportes aumentos nas passagens aéreas (de 6,68%, contra queda de 3,41% em maio) e nas tarifas dos ônibus intermunicipais (de 0,81%, contra zero em maio).

Acima das expectativas
O resultado de junho contra maio deste ano ficou ligeiramente acima da expectativa de analistas, que esperavam um avanço de 0,37%. A previsão foi calculada de acordo com a mediana das projeções de 28 analistas consultados, cujas estimativas variaram de 0,31% a 0,40%.

Aceleração
Nos últimos 12 meses, porém, o índice acelerou e acumula alta de 6,67%, contra 6,46% em maio. O resultado é superior ao teto da meta do Banco Central: 6,5%. Houve ainda aceleração frente a junho de 2012, quando o índice registrou avanço de 0,18%. No primeiro semestre, o IPCA-15 acumula alta de 3,45%. 

CAMOCIM INFORMADOS 

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