A corrupção é um dos principais problemas que existe dentro da esfera política, econômica e social neste mundo. É um mal que assola toda e qualquer forma de poder, e que está ligada diretamente ao que há de negativo no espírito humano.
O mecanismo da corrupção não está ligado só a política. Está em cada regra que é transgredida. Em cada golpe que um ser ou grupo aplica nos princípios individuais ou coletivos. Não devemos associá-la só a esfera política. Corrupção, a grosso modo, é obter para si ou outrem uma vantagem de maneira hostil e leviana, muitas vezes de forma silenciosa, transgredido valores ou regras impostas e padronizadas.
O homem é um ser falho. Tem seu lado bom e seu lado ruim. O lado bom é sempre bem polido e exposto com orgulho; o lado ruim fica escondido, retido num cantinho, aguardando apenas o momento certo para agir - na maioria das vezes com descrição. A corrupção integra a parte ruim, é uma atitude minuciosa e resguardada. Ninguém quer se mostrar como corrupto, obviamente. Mas quando um corrupto reconhece o outro, aí começa um ciclo.
Fazendo uma analogia bem minha, a corrupção é como o vício do cigarro. Se você é fumante e está sem um isqueiro ou fósforo, assim que encontrar alguém fumando, vai pedir para que acenda o seu cigarro. Nunca vi um fumante recusar acender o cigarro de outro. Então vão compartilhar daquele fogo, que queimará o produto e corromperá o corpo de ambos. Eles vão obter o prazer de fumarem juntos. E depois, vão acender mais cigarros. Até que o cigarro acaba. Os cigarros do maço acabam, mas o vício continua. Eles querem mais prazer. Então, vão comprar mais, e continuar o ciclo de acender, usufruir, destruir, autodestruir, e reestabelecer o prazer do fumo. Um ciclo que envolve uma vontade, um vínculo químico e habitual entre o fumante e o cigarro. E quando um não tiver mais cigarros, o outro lhe dará um. E vice-versa.
Explicando a analogia dentro da política, o mecanismo começa quando se tem uma estrutura corrupta e precisa-se de alianças para executá-la. Um corrupto reconhece o outro, e ambos trocam favores (um tem o fogo e o outro um cigarro apagado). A chama se acende, começa o esquema. O cigarro é o meio, a estrutura de se obter o prazer que o cérebro pede; seria uma esfera qualquer de governo. A estrutura não está ligada ao corpo em si, vem de fora, vem de algo maior - um sistema comercial que induz a pessoa ao vício - os interesses particulares, grandes organizações. O resto do corpo, ou dentro da analogia - o povo - não se beneficia disso, só tem prejuízos. Para manter o prazer mental, toda uma estrutura física se prejudica. A proposta do organismo é que deve-se ter hábitos saudáveis, respeito as regras para que o sistema funcione corretamente. Mas fumando, o organismo paga o preço pelo reles prazer da mente em manter um hábito prejudicial e egoísta. E que, na maioria das vezes, não acaba até que todo o sistema se destrua. Melhor dizendo, um indivíduo destrói uma população pra obter uma vantagem individual e esquece que está acabando com a estrutura da qual ELE mesmo pertence.
Eu vejo a coisa assim. Um ciclo, um vício com um mecanismo. E sempre com algo maior envolvendo as partes. Acho que, especificamente na política, a coisa vai por esse lado.
Vamos rezar para nossos políticos "pararem de fumar". kkk
CAMOCIM INFORMADOS
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