Fábrica indenizará operário ridicularizado por doença no olho Jovem de 24 anos tem doença que deixa olhos constantemente avermelhados O Tribunal Superior do Trabalho (TST) condenou nesta sexta-feira (14) uma fábrica de Londrina, no Paraná, a pagar R$ 5 mil de indenização por danos morais a um operário apelidado de "maconheiro" pelo chefe e colegas.
Conforme o processo, o auxiliar de produção era constantemente humilhado por seu superior direto e outros colegas por causa de uma lesão conhecida como pinguécula, que deixa os olhos constantemente avermelhados.
O trabalhador de 24 anos, chegou a apresentar um laudo médico na empresa para comprovar a doença, mas isso não impediu a continuidade das humilhações. Ao longo do processo testemunhas confirmaram que o apelido do trabalhador dentro da empresa era "drogado" ou "maconheiro" e que o próprio chefe estimulava as gozações.
O relator do caso, ministro Maurício Godinho Delgado justificou que "a conquista e afirmação da dignidade da pessoa humana não mais podem se restringir à sua liberdade e intangibilidade física e psíquica, envolvendo, naturalmente, também a conquista e afirmação de sua individualidade no meio econômico e social, com repercussões positivas conexas no plano cultural.
E, no caso, uma vez comprovado que houve ofensa à dignidade do trabalhador".
(Fonte: TST)
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