Governo propõe mudar meta fiscal ( economia de receitas para pagamento de juros da dívida pública ). Oposição e mercado reclamam: " A mudança é um disparate e vai na direção contrária ao que o mercado esperava do governo " ( Felipe Saito, da "Tendências Consultoria" ).
Para que o PIB aumente deve haver crescimento do consumo das famílias, do governo e das empresas e isso só se faz com investimento.
Da parte do governo a decisão é manter os investimentos e as desonerações de impostos ( R$ 78 bilhões em 2013 ) para estimular as empresas a investirem. Fica então o dilema empresarial: Investir na produção de bens e serviços ou aplicar as receitas privadas em papéis do tesouro, remunerados por juros, o famoso rentismo?
O que os abutres, porta-vozes dos mercados, querem é manter inalterável a previsão de receitas para pagamentos desses juros, daí a paixão pela rigidez da meta de superávit primário. Às favas, segundo eles, com investimentos sociais e na infraestrutura. Às favas com as normas constitucionais que determinam a redução da pobreza e a promoção do desenvolvimento.
Para mim, o caminho é mudar a política monetária, é combater a inflação sem manipular a leitura de suas causas, que são diversas, é tratar de forma específica cada item que incide na elevação dos preços.
Por acaso juros altos reduzem o consumo de luz e água pelas famílias, cujos preços tem contratos indexados a outros índices? Ou o preço do açúcar e da carne, que sai das prateleiras para o mercado externo ? Trabalho digno e produção sustentável, esses são os caminhos. Com mais educação e mais conhecimento.
Paulo Rubem Santiago
CAMOCIM INFORMADOS
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