quinta-feira, 30 de outubro de 2014

TRABALHADORES SÃO ENCONTRADOS EM SITUAÇÃO DE ESCRAVIDÃO NO SUL DE SC

17 homens trabalham e moram em condições insalubres em Criciúma. 
Já em Sombrio, 22 paraguaios trabalham ilegalmente no país.



Alojamento de trabalhadores foi considerado inadequado pelo STRE/SC (Foto: STRE/Divulgação)
(Foto: STRE/Divulgação)
A Superintendência Regional do Trabalho em Santa Catarina (SRTE/SC) flagrou 17 trabalhadores em situação análoga a escravidão em uma lavoura de batata em Criciúma, no Sul catarinense na terça-feira (28). Um dia antes, 22 paraguaios ilegais no país foram pegos em uma colheita de fumo em Sombrio. Em ambos casos, os agricultores foram notificados das ilegalidades. 
Segundo a coordenadora de fiscalização do trabalho rural do SRTE/SC, Lilian Carlota Rezende, dez dos 17 trabalhadores estavam morando em um alojamento fornecido por um aliciador em uma colheita de batata próxima a SC-108. O local tinha condições inadequadas de higiene, fogão e gás expostos no mesmo ambiente que espumas, que serviam como camas, e acondicionamento de alimentos inadequado.
Todos os homens eram de outros estados: Maranhão, Paraná e Rio Grande do Sul. Além do trabalho sem carteira assinada, das 7h às 19h, a colheita de batata acontece sem o equipamento adequado. Não são fornecidos chapéus e aparelho para a retirada do vegetal. Também não havia banheiro ou locais para refeição, informou a coordenadora.
Processo civil e criminal
"Cobramos do proprietário da plantação a regularização da situação dos trabalhadores e ele se recusou. Por isso, vamos entrar com um processo civil e criminal contra ele por três delitos: aliciação, sonegação de informações ao governo e trabalho escravo", disse a coordenadora Lilian. Ela complementa que, pelo atos infracionais, o proprietário pode arcar com mais R$ 200 mil em multas.
Já em Sombrio, o proprietário de uma colheira de fumo abrigava 22 paraguaios sem documentação no país para trabalhar no local. No ano passado, o mesmo empresário foi multado por estar com 20 trabalhadores paraguaios na mesma situação de ilegalidade. A SRTE/SC acionou a Polícia Federal para os procedimentos cabíveis de deportação.
Do G1 SC
CAMOCIM INFORMADOS

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