A Força Aérea Brasileira assinou com a empresa sueca SAAB o contrato para aquisição de 36 aviões de caça Gripen NG. A primeira aeronave deverá ser entregue em 2019, e a última, em 2024. A assinatura aconteceu na sexta-feira (24), em Brasília.
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Gripen NG: contrato envolve treinamento de pilotos e mecânicos brasileiros na Suécia, apoio logístico e transferência de tecnologia de desenvolvimento e produção para indústrias brasileiras, gerando de milhares de empregos. O investimento aproximado de R$ 13 bilhões. Foto: divulgação/Saab.
“Nós iremos transferir tecnologia e a capacidade de projetar e construir caças”, afirmou Hakan Buskhe, presidente da SAAB. A Embraer assumirá papel de liderança na fabricação local dos aviões, mas haverá também participação de outras empresas brasileiras, como a AEL, Akaer, Atech e SBTA. “Vai ser um salto, não apenas para a Embraer, mas para a nossa indústria em geral”, completou o brigadeiro Alvani Adão da Silva, diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA).
O Brasil também participará do desenvolvimento do Gripen NG e será responsável pela versão para dois pilotos. A encomenda brasileira envolve 28 unidades para um piloto e oito para dois tripulantes.
Gripen NG
A Suécia opera versões mais antigas do caça Gripen desde 1997 e exportou para República Tcheca, Hungria, África do Sul, Tailândia e para a escola de piloto de testes do Reino Unido. Mas o Gripen NG, por enquanto, será recebido somente pela Suécia e pelo Brasil.
A aeronave incorpora tecnologias como o radar Raven ES-05, capaz de identificar alvos aéreos ou de superfície a um ângulo de 100 graus da sua antena, um sensor de busca infravermelho e datalink, que possibilita a troca de informações entre caças sem o uso de rádio. Quando entrar em serviço na FAB, o Gripen NG também será o único caça do Hemisfério Sul capaz de voar a velocidades supersônicas por longas distâncias, o chamado supercruzeiro.
“Há mais de 18 anos nós esperamos por esse momento. E com certeza vai inaugurar uma nova era operacional para a aviação de caça no Brasil”, disse o brigadeiro Alvani.
As 36 aeronaves multimissão serão utilizadas pela FAB em atividades de defesa aérea, policiamento do espaço aéreo, ataque e reconhecimento. A primeira unidade aérea a receber o novo modelo deverá ser o 1° Grupo de Defesa Aérea, com sede em Anápolis (GO). O Esquadrão está sem aeronaves desde dezembro de 2013, quando foram aposentados os caças Mirage 2000. Atualmente, a defesa aeroespacial brasileira é realizada por jatos F-5EM.
Fonte: Força Aérea Brasileira.
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