sexta-feira, 7 de novembro de 2014

VALTER POMAR: LIBERALISMO DO ESTADÃO É APENAS PARA INGLÊS VER

estadão-001Eu esperava tudo do jornal O Estado de S.Paulo, menos este editorial explícito contra a livre concorrência: Os radicais atacam de novo”.
O referido texto “acusa” a presidenta Dilma de ter uma visão “claramente intervencionista [acerca do papel] do Estado”. Diz que Dilma, “nessa questão, alinha-se com a esquerda do PT”.Ao mesmo tempo, O Estado (!!!) de S. Paulo “elogia” a presidenta por resistir “bravamente” aos “radicais de seu partido”, que no entender do jornal “pregam a censura dos meios de comunicação”.

Até aí, nada de novo. Como tampouco há novidade no ataque que o Estadão faz contra o texto divulgado pela tendência petista Articulação de Esquerda.

O texto criticado pelo jornal está disponível no link http://valterpomar.blogspot.ie/2014/10/comemoracao-e-luta.html
A novidade aparece quando o Estadão critica a proposta, feita pelo texto, de que o PT deva lançar um “jornal diário de massas e uma agência de notícias”.
Segundo o Estadão, a proposta da esquerda lançar um jornal diário de massas e uma agência de notícias seria “uma ideia típica do voluntarismo inconsequente e do sectarismo de esquerda, do discurso daqueles para quem a população é deliberadamente mal informada por uma mídia ‘burguesa’ comprometida apenas com interesses da ‘elite’. Mas esse é um problema que se resolve facilmente, como demonstra acreditar a facção petista, com o lançamento de um jornal para as ‘massas’, capaz de colocar a elite perversa no devido lugar.”


Curiosa esta acusação: para o Estadão, a esquerda lançar um jornal de massas e uma agência de notícias seria “voluntarismo inconsequente”.
Eu acharia “normal” ouvir este tipo de crítica numa reunião petista, por exemplo de alguém preocupado com as dificuldades e riscos envolvidos na operação de um jornal e/ou de uma agência deste tipo. Ou mesmo de gente que acredita que as redes sociais tornaram dispensáveis os diários impressos e/ou não compreende o vínculo entre o trabalho de uma redação e o de uma agência.


Mas estaria o Estadão preocupado conosco?
Chegam ao ponto de nos “alertar” para o seguinte: mesmo que sejamos capazes “de superar, mediante o investimento de enorme volume de recursos financeiros, as dificuldades de produção industrial e distribuição de um diário de tiragem compatível com a demanda da ‘massa’, certamente [teríamos] dificuldades para transformar a leitura diária de um jornal em objeto de desejo dessa ‘massa’.”

http://www.vadcnete.com/
CAMOCIM INFORMADOS

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